Almoço no Rio faz campanha por Chinaglia para Presidência da Câmara
Deputados do Rio se reunirão na sexta-feira (9) em um almoço em apoio à candidatura do deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) à presidência da Câmara. Organizado pelos parlamentares Jandira Feghali (PCdoB), Alessandro Molon (PT) Clarissa Garotinho (PR) e Hugo Leal (Pros), líderes da “frente” pró-Chinaglia, o almoço no restaurante La Fiorentina, no Leme, pretende reunir o maior número possível dos 46 deputados federais do Rio no apoio à candidatura do petista.
Publicado 07/01/2015 16:34
Em entrevista ao Jornal O Dia, a líder do PCdoB na Câmara, Jandira Feghali, já definiu até um lema para o almoço: “Eduardo Cunha não passará”, em referência ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que também concorre ao cargo. O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) também é candidato ao cargo.
Na semana passada, logo após a posse da presidenta Dilma, Chinaglia reuniu cerca de 80 apoiadores em uma reunião-almoço em Brasília. Na ocasião, ele disparou contra Cunha, que se apresenta como candidato independente. “Não é independente quem indica cargo no governo”.
Também Jandira Feghali se manifestou no evento, destacando que “o que está em jogo é uma Câmara que tenha credibilidade, seja democrática e não se ponha refém de interesses menores e não republicanos. E para isso, só temos um caminho, a candidatura de Arlindo”, afirmou a líder do PCdoB em discurso.
Bolsonaro é linha auxiliar
Para ganhar a disputa, Eduardo Cunha pretende lançar mão do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), que disse estar predisposto a lançar candidatura só para servir de linha auxiliar ao nome do peemedebista.
Bolsonaro, que mobilizou as atenções no final do ano passado na Câmara, após ofender verbalmente a deputada Maria do Rosário(PT-RS), declarou, ao final das eleições de outubro passado, que seria candidato à presidência da Câmara para marcar posição e “ter dez minutos a mais de fama”. Agora, defende Eduardo Cunha, mas diz que, se a candidatura do PT crescer até fevereiro, será candidato.
Mas afirmou que não pedirá votos ou fará proposta. Quer apenas criticar o petista e saudar o PMDB. “Se a candidatura do PT crescer, sou candidato. E falarei para não votarem em mim, e sim no Eduardo Cunha.”
Bolsonaro fez o mesmo em 2005, na eleição que escolheu Severino Cavalcante (PP-PE) para a presidência da Casa. Lançou-se candidato, teve apenas dois votos e usou seus dez minutos de fala na tribuna para atacar adversários.
A eleição do novo Presidente da Câmara será no dia 1º de fevereiro, data da posse dos novos deputados e início do ano legislativo. Para se eleger, o candidato tem que receber 257 votos do total de 513 deputados.
Da Redação em Brasília
Com informações do Jornal O Dia