Rede de Intelectuais rechaça crimes em Ayotzinapa
A Rede de Intelectuais, Artistas e Movimentos Sociais em Defesa da Humanidade emitiu, nesta quinta-feira (25), um comunicado para expressar sua indignação pelo assassinato de seis pessoas e a desaparecimento dos 43 estudantes da escola Normal Rural de Ayotzinapa nos dias 26 e 27 de setembro em Iguala, no departamento de Guerrero, ao sul do México.
Publicado 26/12/2014 15:50
A Rede de Intelectuais “faz expressa sua profunda indignação pelo crime de Estado e lesa humanidade, consumado em Iguala, Guerrero, México, em que seis pessoas foram executadas extrajudicialmente, três deles estudantes da Escola Normal Isidro Burgos de Ayotzinapa, enquanto outros 43 normalista sofreram desaparição forçada, sem que até esta data se saiba de seu paradeiro”, diz o texto.
Os intelectuais também expressam sua solidariedade com os pais dos normalistas e o povo mexicano que se une a aos protestos que gritam “Vivos os levaram, vivos os queremos!”.
O comunicado também faz referência à violência que o povo mexicano padece há mais de uma década, que já deixou mais de 120 mil mortos e, pelo menos, 30 mil desaparecidos.
“Genocídio da juventude e feminicídio são uma constante no cotidiano mexicano. Estas políticas repressivas formam parte das mudanças estruturais neoliberais impostas pelos governos de traição nacional, a partir do Tratado de Livre Comércio, que em seus feitos só tem beneficiado os Estados Unidos e as corporações transnacionais que prejudicam os povos e extraem seus recursos naturais e estratégicos”, diz o comunicado.
Também destacam que o crime de Iguala recorda a matança de estudantes na Praça das Três Culturas de Tlaltelolco em 1968, assim como outros massacres onde “se identifica sempre a mão do Estado mexicano e das forças armadas com seus grupos paramilitares”.
A Rede em Defesa da Humanidade aponta o atual presidente do México, Enrique Peña Nieto, como responsável pelo crime de Ayotzinapa.
Fonte: TeleSur