Chávez deixou ao mundo uma proposta antineoliberal, diz especialista
“A Venezuela segue atualmente o caminho traçado pelo falecido presidente Hugo Chávez que mostrou para a América Latina e ao resto do mundo o rompimento com certos dogmas neoliberais”, declarou o economista espanhol Alfredo Serrano.
Publicado 26/12/2014 13:05
O líder histórico do atual processo político bolivariano demonstrou que si, se podem ganhar as eleições com esta fórmula que nega a “um neoliberalismo empobrecedor das maiorias e favorecedor de uma minoria”, afirmou o autor do livro O pensamento econômico de Hugo Chávez.
Segundo Serrano, Chávez marcou um ponto na história de seu país e da América Latina por seu caráter social e irreverente ante os modelos capitalistas e conseguiu tamanho impacto à causa por criar um modelo de sociedade novo onde a equidade é o centro.
“Desde muito novo o líder adquiriu consciência da realidade política e econômica de seu país para formar sua própria proposta”, recordou o investigador que atualmente vive na Argentina e Equador e estudou durante anos o processo venezuelano.
Para Serrano, essas experiências de Chávez se fortaleceram “na academia militar, no cárcere e nos protestos populares, ante as medidas econômicas neoliberais aplicadas pelo então presidente Carlos Andrés Pérez”.
Chávez, pouco a pouco, queria remediar a dívida social que deixou o neoliberalismo e por isso construiu as missões de benefício popular, principalmente para os pobres, e traçou alianças internacionais para enfrentar a hegemonia do poderio transnacional.
“Estabeleceu um projeto político que responde à vontade popular e deu ênfase à união política com a economia porque para ele não havia dissociação entre ambos os conceitos e isso foi o que marcou a diferença e o que o fazia singular”, disse o intelectual.
De acordo com Serrano, a Venezuela pode ser uma potência econômica seguindo os alinhamentos desejados pelo extinto presidente no Plano da Pátria, documento que promove o impulso da economia desde a produção interna dos diversos itens que o povo ou consome ou necessita.
Fonte: Prensa Latina