“Há um processo de criminalização do PT”, diz Rui Falcão
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada nesta sexta-feira (19), afirmou que “há um processo de criminalização" das lideranças do partido.
Publicado 19/12/2014 10:56
“O PT tem enfrentado oposição por uma parte da sociedade que tem outro projeto, e isso é natural. É uma rejeição ideológica. Mais recentemente estamos sendo vítimas de uma campanha orquestrada para tentar nos destruir, e esse processo passa pela criminalização de lideranças. Passa também por declarações como a do candidato derrotado [Aécio Neves, do PSDB], segundo a qual para acabar com a corrupção basta eliminar o PT. Equivale ao que antigamente dizia o senador Jorge Bornhausen, de que era preciso ‘acabar com essa raça’”, pontuou.
De acordo com petista, integrantes do partido cometeram erros e o PT “pagou caro por isso” com o julgamento da Ação Penal 470, mas que não se “pode punir um partido inteiro pelo erro de alguns”.
“Nós nunca dissemos que éramos uma organização de santos, um convento, mas há um processo de criminalização do conjunto do PT, inclusive tentando atingir a nossa maior liderança. Tentam implicar Lula e Dilma no processo da Petrobras”, denunciou Falcão.
Sobre a política econômica, ele acredita que o ajuste fiscal será feito de modo gradual, como a presidenta Dilma Rousseff se comprometeu em campanha, garantindo a manutenção do emprego e dos salários. “É uma linha de ação a qual os ministros terão que ficar subordinados”, salientou Falcão, enfatizando que o partido estará “vigilante”.
“A presidenta tem reafirmado todos os seus compromissos de campanha. Não vamos fazer o ajuste para o trabalhador pagar a conta. O ajuste é necessário porque a economia tem problemas, mas parte da crise mundial que tem sido minimizada aqui no Brasil. Não vamos cancelar direitos, não vamos promover arrocho e não vamos promover o desemprego”, disse ele.
Com informações do Valor Econômico