Caricom pede fim do bloqueio dos EUA contra Cuba
O presidente da Comunidade de Estados do Caribe (Caricom), Gaston Browne, reiterou nesta segunda-feira (8), em Havana, Cuba, a decisão unânime do bloco de exigir o fim do bloqueio econômico, financeiro e comercial dos Estados Unidos contra Cuba.
Publicado 08/12/2014 18:28
Em suas palavras inaugurais da 5ª Cúpula Caricom-Cuba, o também premiê de Antígua e Barbuda recordou que 42 anos atrás quatro países da região decidiram terminar -em um gesto histórico- com o isolamento diplomático ao qual Havana estava submetida.
Browne recordou que foi no dia 8 de dezembro de 1972 que os governos de Jamaica, Barbados, Guiana e Trinidade e Tobago, de maneira conjunta e apesar das pressões estadunidenses para isolar Cuba, decidiram estreitar seus vínculos com este território, acontecimento que marcou o começo das relações entre Cuba e os posteriores membros da Comunidade.
"Cuba é parte integral de nossa família caribenha, e para ela exigimos o respeito de todas as nações sem exceção", disse Gaston.
Ele também destacou o trabalho do governo e do povo cubano na luta contra a epidemia do ebola.
Browne afirmou que a solidariedade da Caricom a Cuba se manifesta nos repetidos chamados em todas partes do mundo a pôr fim ao bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba, "e o reafirmamos aqui", enfatizou.
O presidente do bloco integracionista fez um chamado ao presidente Barack Obama e aos representantes do Congresso estadunidense a eliminar o bloqueio e permitir que o povo cubano possa ser desenvolvido.
Ele reconheceu que os representantes do organismo regional estão trabalhando para aumentar a cooperação em uma atmosfera de amizade.
Gaston ainda pediu a ampliação da cooperação quanto a serviços e pessoas, o que favorecerá todos os estados desta área.
Também conclamou a continuar desenvolvendo a esfera do turismo dadas as ricas culturas dos 14 países presentes no encontro e de Cuba, que no total somam 25 milhões de habitantes.
Em termos de investimento e comércio, ele considerou que Havana e a Caricom devem ampliar a colaboração, serem mais criativos e engenhosos para compartilhar logo o benefício mútuo.
"Sozinhos não podemos enfrentar muitas coisas, somos povos com uma história de escravatura, colonialismo, exploração e divisões que nos impuseram para poder nos governar. Agora somos nações maduras vivendo na mesma vizinhança e lutando por uma melhor vida (…) o momento é agora", concluiu.
Fonte: Prensa Latina