Sucessão na Câmara provoca formação de blocos partidários 

O líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ) quer formar um bloco parlamentar com o Solidariedade (SD), do deputado Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força), para fortalecer sua candidatura à presidência da Câmara no dia 2 de fevereiro do ano que vem. Paulinho informou que está praticamente fechada a formação de um bloco envolvendo o PMDB, o SD e outros partidos, que terão, juntos, mais de 160 deputados.

Pela tradição da Câmara, cabe à maior bancada ou bloco partidário a indicação do candidato para disputar a Presidência da Casa. A bancada do Partido dos Trabalhadores destaca essa tradição ao anunciar que terá candidato próprio na disputa da Presidência da Câmara.

O líder Vicentinho enfatizou que a bancada petista tem parlamentares preparados para cumprir essa missão. “Em reunião, na última semana, decidimos apresentar a nossa candidatura e já escolhemos uma comissão que vai trabalhar na definição do nome do nosso candidato”.

O deputado esclareceu que a bancada antecipou a sua decisão de ter candidatura própria em decorrência da divulgação da pré-candidatura do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Casa, rompendo assim o acordo de rodízio entre o PT e o PMDB.

“É importante definir o nome para que possamos conversar com antecedência com todos os partidos com assento na Casa e apresentar a nossa proposta de candidatura”, explicou Vicentinho. O líder petista defendeu ainda que o comando da Câmara tenha “independência”. “Queremos que a Casa tenha uma direção para todos”, afirmou.

Nas últimas eleições, o PT elegeu 70 deputados federais e continuará contando com a maior bancada da Câmara dos Deputados na próxima legislatura. Em segundo lugar, está o PMDB, com 66 deputados.

Da Redação em Brasília
Com agências