Mercado esperneia: aumento dos combustíveis deveria ter sido de 20%
A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (6) o reajuste de 3% no preço da gasolina e de 5% no do diesel nas refinarias. O reajuste, que já era esperado, está em vigor desde a 0h desta sexta (7). O último reajuste foi feito em novembro do ano passado.
Publicado 07/11/2014 11:25
O reajuste foi menor do que queria o mercado, mas suficiente para cobrir a defasagem dos preços, segundo o governo. A medida foi autorizada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, em reunião do Conselho de Administração da empresa, na terça (4).
O mercado, que tem um grande número de empresas multinacionais norte-americanas, pressionava por um aumento maior. A pressão aconteceu principalmente na bolsa de valores onde as ações preferenciais da estatal, as mais negociadas, acumulam queda de 17,7% no ano.
O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, disse que o “Brasil está indo contra a lógica do mercado internacional”. Segundo ele, “foi um aumento muito pequeno”, pois nas suas contas e reajuste deveria ter sido de pelo menos 20%.
Os donos de postos também reclamam do reajuste. Para José Alberto Gouveia, presidente o sindicato dos donos de postos (Sincopetro), o repasse para o consumidor ficou “um pouco abaixo” do reajuste aplicado nas refinarias. “No aumento anterior, que foi de 4% [novembro de 2013], o repasse na bomba foi de cerca de 3%”, disse ele.
Outro setor que criticou o reajuste foi o Fórum Nacional Sucroenergético. De acordo com o seu presidente André Rocha, a expectativa dos produtores de etanol era de que houvesse um aumento maior da gasolina e menor no diesel, o que afetaria mais a população do que a produção.
Com informações de agências