Inflação oficial cai 0,42% em outubro
Os preços dos alimentos não subiram no mês de outubro levando a queda do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, que ficou em 0,42% em outubro deste ano, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (7).
Publicado 07/11/2014 10:01
A taxa é inferior às de setembro deste ano e de outubro do ano passado, que haviam sido 0,57% em ambos os períodos. O IPCA acumula taxa de 5,05% no ano. No acumulado de 12 meses, a inflação é 6,59%, pouco acima do teto da meta de inflação do governo federal, que é 6,5%. A expectativa dos economistas para a inflação deste ano está em 6,45% e para 2015, em 6,32%, segundo o último boletim Focus, do Banco Central.
“Quando a gente olha as regiões, a maioria delas apresentou redução. Foi mais ou menos generalizada quando consideramos as regiões metropolitanas”, afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.
Os preços de alimentos e bebidas, responsáveis pela maior parte do cálculo do IPCA, foi menor influenciando a queda do índice. “O principal item que influenciou setembro por causa do nível de variação foram as carnes, com 3,17%, e o peso da carne (2,7%) é muito grande, por isso que mesmo com 1,46% [de IPCA], exerceu impacto forte o índice de outubro. A cebola contribuiu para conter [-12,60% em outubro], mas o peso é menor do que a carne”, disse Eulina Nunes.
Subiram menos os preços de energia elétrica (de 1,37% para 1,20%), aluguel (de 0,57% para 0,61%) e mão de obra para pequenos reparos (de 1,04% para 0,82%).
A variação da taxa de água e esgoto, que havia recuado 0,45% em setembro – influência do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água do Estado de São Paulo -, voltou a avançar, ficando em 0,26%.
Os grupos de despesa que apresentaram alta de preços foram: vestuário (de 0,57% para 0,62%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,33% para 0,39%).
"Quando se trata dos grupos de produtos dos serviços pesquisados, a maioria deles também mostrou resultados inferiores abaixo do mês de setembro. Mas dois deles foram fundamentais, que foram o grupo dos alimentos e bebidas e dos transportes. Esses dois são os principais grupos nas despesas das famílias, juntos eles pesam 43,24%”, explicou a representante do IBGE.
O levantamento também fez um recorte do índice por região. Os maiores índices foram registrao em Campo Grande (0,79%) e Goiânia (0,78%). O menor foi o de Salvador (0,05%).
Com informações de agências