África do Sul condena direitistas por tentativa de golpe

O Congresso Nacional Africano (CNA), organização no poder na África do Sul, acolheu com satisfação nesta sexta-feira (7) a condenação de dois terroristas de extrema direita, que armaram uma conspiração para a assassinar o presidente Jacob Zuma.

Bandeira do Congresso Nacional Africano

Os dois homens foram condenados na quinta-feira (6) cada um a oito anos de prisão. Eles foram detidos em dezembro de 2012 suspeitos de planificar assassinatos de líderes do CNA, incluindo o presidente Zuma, durante a conferência de liderança do partido em Bloemfontein.

O tribunal descobriu que eles planejavam destituir o governo sul-africano fabricando objetos para atacar a 53ª Conferência Nacional da organização.

Johan Prinsloo foi acusado de “alta traição e posse de munições” enquanto o seu co-réu, Mark Trollip, foi acusado de conspiração no ano passado.

“A tentativa de conspiração para um golpe de Estado da extrema direita e as ações de Prinsloo e do seu cúmplice visavam reduzir os acervos do povo sul-africano em termos de reconciliação e de unidade. O massacre que teriam causado, se tivessem realizado o seu crime, teriam sem dúvida tido como consequência mergulhar este país na crise”, declarou o porta-voz do CNA, Zizi Kodwa.

Segundo ele, o CNA presta homenagem ao sistema de justiça penal pela sua aptidão a gerir este dossiê extremamente sensível.

“Reiteramos uma vez mais o nosso apelo para uma aplicação estrita das leis sobre o controle de armas e as pessoas designadas para desencorajar a posse ilegal de munições e de armas. A nossa responsabilidade é velar por que a população deste país seja e se sinta em segurança”, acrescentou.

O assassinato em 1993 do líder do Partido Comunista Sul-Africano, Chris Hani, por extremistas de direita, desencadeou confrontos raciais e ameaçou manchar as primeiras eleições multirraciais no país em 1994 ganhas por Nelson Mandela.

Fonte: Panapress