Jacques Wagner: “Democracia saiu fortalecida das urnas”
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), em artigo publicado no site da revista CartaCapital, afirma que, a despeito do esforço que tem feito os setores da direita derrotados nas urnas, o Brasil não está dividido e a “democracia brasileira saiu fortalecida das urnas”.
Publicado 04/11/2014 16:30
“O Brasil não se dividiu. Pela primeira vez desde a retomada das eleições diretas em 1989 tivemos um segundo turno superdisputado. É um alerta para quem ganha e uma esperança para quem perde. Ao vitorioso é negada a soberba e são obrigatórias a humildade e a generosidade. A quem perde, é negado o rancor e demandada a disposição do debate construtivo”, destacou Wagner, enfatizando que as “diferenças existem e devem ser assumidas para que possam ser superadas, mas na pluralidade a nossa unidade deve ser sempre protegida”.
Wagner destacou ainda que os 12 anos de governos Lula e Dilma foram de conquistas sociais que “foram muitas e consistentes”, citando o aumento da base da distribuição de renda e programas de ampliação de direitos fundamentais para milhões de pessoas. Ele aponta que, no segundo mandato do governo Dilma, o desafio ampliar as relações com o setor empresarial e “avançar mais na implantação das novas infraestruturas”.
Esperança no futuro
“Mesmo com os novos desafios que se avizinham, estou plenamente seguro que alcançaremos largas conquistas para o Brasil. Sou, na essência, um otimista. Mais do que isso, confio na capacidade da presidenta Dilma Rousseff, uma guerreira de coração valente que já fez muito por este país e fará ainda mais”, pontuou o governador.
Sobre as reformas, Wagner afirma que o novo mandato vai exigir muita “habilidade e capacidade de negociação” com o Congresso Nacional para garantir as reformas necessárias para o Brasil, principalmente para a reforma política. “Com as mudanças, serão redesenhados os mapas de composição do poder nacional, possibilitando articulações que permitam avançar na reforma tributária, redefinindo o pacto federativo na redistribuição das receitas dos vários níveis de governo”, destacou.
A corrupção, segundo Wagner, é outro ponto crucial. “Deve ser combatida, tanto no âmbito da sua repressão e punibilidade dos efetivamente envolvidos, como na sua prevenção, aumentando os mecanismos de transparência e controle, modificando as suas causas geradoras, especialmente o financiamento das atividades políticas”, diz ele.
Fonte: CartaCapital