Paim: Modelo de campanhas mantém partidos à mercê do poder econômico

O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou, nesta segunda-feira (3), o atual modelo de financiamento de campanhas eleitorais, que, para ele, atropela valores republicanos e mantém as instituições políticas dependentes do poder econômico.

Senador Paulo Paim - Agência Senado

O senador defende o financiamento público de campanhas e a vedação de contribuições de pessoas jurídicas a candidatos, além de uma fiscalização mais rigorosa contra a prática de caixa dois em campanhas.

Para o senador gaúcho, o dinheiro desempenha um papel cada vez maior nas eleições brasileiras, reduzindo a igualdade de condições entre os candidatos e desestimulando a candidatura de cidadãos desprovidos do que chamou de “tremenda influência” dos ricos. Paim ressaltou que o financiamento eleitoral por empresas torna os representantes eleitos “reféns” de seus apoiadores e tem por consequência a elevação crescente dos custos das campanhas.

"Nas eleições gerais de 2010, para se eleger, um deputado federal precisou em média de mais de R$ 1 milhão. Houve casos de R$ 10 milhões, R$ 12 milhões para se eleger. Um senador, em média, de R$ 4 milhões a R$ 5 milhões, e um governador, de R$ 20 milhões a R$ 30 milhões. Isto não é sério", condenou Paim.

Fonte: Agência Senado