Dilma: Aécio deixará mercado aberto pra concorrência destrutiva
A presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, afirmou nesta sexta-feira (17), em Florianópolis (Santa Catarina), onde cumpriu agenda de campanha na região Sul do país, que seu adversário, o tucano Aécio Neves (PSDB), deixará o mercado aberto para a concorrência destrutiva.
Publicado 17/10/2014 13:43
“Meu adversário acha que tem que deixar o mercado aberto para toda e qualquer forma de concorrência destrutiva. O meu governo acha importante fazer política de conteúdo local, dando preferência para indústrias brasileiras nas compras governamentais”, pontuou a presidenta.
O evento, realizado no Centrosul, reuniu mais de cinco mil pessoas e contou com a participação de prefeitos e o governador eleito Raimundo Colombo, além do ministro do Trabalho, Manoel Dias, e a ministra dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti.
Propostas e plano de governo
Dilma reafirmou que a disputa do segundo turno é entre dois projetos que já governaram o país. “O PSDB cria o desemprego porque acha que precisa fazer ajustes, reduzindo empregos e salários. Eu crio empregos e melhoro salários. Criando empregos e melhorando salários, a gente abre a possibilidade de todos crescerem. No meu governo, todas as classes sociais melhoraram”, destacou a presidenta.
Dilma destacou que, no dia 26 de outubro, é preciso avaliar quem trouxe mais benefícios para o Brasil. “Não somente pelo desemprego, juros altos e salários arrochados do passado. Mas pelo Brasil que construímos. Esse outro Brasil que tem um longo caminho a percorrer”, afirma Dilma, destacando que a população brasileira vive melhor e tem mais acesso a serviços públicos que em anos anteriores.
Dilma defendeu a continuidade de projetos como o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e ressaltou que o país precisa dar passos grandes na educação. “Temos a lei que aprovamos na Câmara que transforma o petróleo em educação”, lembrou a candidata.
Para a saúde, ela citou a proposta do Mais Especialidades, que criará uma rede de clínicas especializadas, integradas por unidades do sistema público, para atendimento médico e realização de exames.
Ela também falou sobre segurança pública ressaltando o compromisso de, num segundo mandato, propor ao Congresso Nacional a alteração da Constituição. “Em governos anteriores [FHC], a União sempre lavou as mãos com relação à segurança pública, deixando a tarefa somente para os estados. Nós achamos que a Constituição tem que ser alterada e o governo federal tem que ser responsável junto com os estados”, argumentou.
A presidenta ressaltou que sabe reconhecer quem a apoia, referindo-se aos prefeitos e ao governador do estado. Ela também citou a importância da vinda da BMW para a economia e geração de empregos em Santa Catarina.
“Eu tenho certeza que serão milhões de corações valentes votando. Eu peço, humildemente, a vocês que no dia 26 de outubro votem 13”, disse Dilma ao encerrar o seu discurso.
Campanha agressiva
Na coletiva de imprensa, Dilma foi indagada a comentar sobre o tom agressivo da campanha neste segundo turno. “Eu não estou tomando esse rumo. Fui levada a esse rumo. Tenho um conjunto de proposta e algumas delas que existem na realidade como o Minha Casa, Minha Vida, Pronatec, Fies e centenas de outros que são propostas concretas que tenho apresentado”, argumentou Dilma.
Ela completou dizendo que Aécio é quem tem usado a tática do agressiva. “Acontece que não é da mesma forma que o candidato adversário tem se comportando. Não posso fugir do debate que é apresentado. Não posso me furtar ao debate direto, porque sou candidata. Quando sou questionada, tenho que responder”, asseverou Dilma.
Dilma cercada por prefeitos e lideranças políticas catarinenses |
Catarinenses unidos pela reeleição
O vice-presidente Michel Temer também participou do evento. Ele disse que somente Dilma consegue reunir tantos prefeitos de diferentes siglas. “Vemos que o Brasil está unido em torno de Dilma”, reforçou.
Para Raimundo Colombo, governador reeleito, o encontro era uma tentativa de retribuir as ações da presidenta no estado. “Ponto comum de honrar Santa Catarina ser a voz da gratidão para a presidenta que ajudou muito. Há quatro anos não te apoiei, mas agora apoio de forma convicta, afinal, foram diversos casos como as enchentes, a vinda da BMW que sem sua participação não teríamos conseguido”, argumentou.
Da Redação do Portal Vermelho