Evo Morales destaca legitimidade da democracia boliviana
O presidente Evo Morales assegurou nesta quinta-feira (16) que a democracia boliviana é legítima e advertiu que se aproxima dos padrões comunais que regeram o país antes da chegada dos espanhóis em 12 de outubro de 1492.
Publicado 16/10/2014 15:28
Em coletiva de imprensa da cidade central de Cochabamba, o chefe de Estado, reeleito para o período 2015-2020, enfatizou a legitimidade do processo que se vive na Bolívia, mas esclareceu que é importada.
"Essa democracia de maiorias e minorias chegou em 12 de outubro de 1492. A democracia comunal é da maioria, de consenso. Existe um debate, alguém faz um resumo e diz esta é a melhor proposta", insistiu.
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Por outra parte, lembrou que "os dois terços conseguidos pelo Movimento ao Socialismo (MAS), segundo as contagens extra-oficiais, fazem que a democracia boliviana se aproxime à democracia comunal".
O primeiro presidente indígena da Bolívia falou do objetivo de ter atingido 74% nas eleições passadas como uma aspiração mais.
Isso de 74% é parte do nosso grito de guerra. Sempre se quer mais, se diz 'vamos continuar subindo'. Os opositores diziam que ia ter fraude e que iam dar surpresas. E não teve nem fraude nem surpresas. E nós dizíamos não vai ter surpresa, estamos em contato com os povos, enfatizou.
Também fez referência aos direitos constitucionais da oposição e esclareceu que "(o ex-candidato da Unidade Democrata, Samuel) Doria Medina e (o ex-presidente Jorge) Tuto Quiroga têm intenções de voltar ao passado. Mas o povo boliviano já não quer voltar ao passado".
"Os opositores todos propuseram entrar na Aliança do Pacífico. E lembremos que a Aliança do Pacífico propõe a privatização dos serviços básicos. Doria Medina, que era dono ou acionista de Águas do Tunari, quer entrar à Aliança do Pacífico para privatizar, o mesmo queria Tuto Quiroga", enfatizou.
Ao mesmo tempo, advertiu que seu partido defende a água como um direito humano e criticou as posições opositoras, as quais, insistiu, só se dedicavam a "negar, negar e negar; nunca a propor".
Por último, destacou que "o povo boliviano não quer enfrentamento, não quer voltar ao passado de neoliberalismo".
Fonte: Prensa Latina