EUA e aliados fazem reunião para avaliar coalizão contra o EI
Cerca de vinte chefes militares da coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria concluem, nesta terça-feira (14), uma reunião que analisa os resultados da campanha aérea contra o Estado Islâmico.
Publicado 14/10/2014 10:05
Não foram divulgados ainda detalhes da primeira sessão do evento realizada na segunda-feira e servidores públicos do Departamento de Estado afirmaram que não se deve esperar anúncios importantes sobre o encontro, que acontece a portas fechadas na base militar de Andrews, nos arredores de Washington, capital norte-americana.
Pela parte estadunidense, participam desta reunião o presidente da Junta de Chefes de Estado Maior, general Martin Dempsey, bem como o general Lloyd Austin, chefe do Comando Central, entidade do Pentágono que supervisiona as ações militares no Oriente Médio e nas zonas próximas.
A reunião acontece no meio da divulgação de relatórios, citados pelo canal de televisão CNN, de que os extremistas controlam mais de 80% da província iraquiana de Anbar, estão a cerca de 20 quilômetros de Bagdá e continuam o assédio à cidade síria de Ain al Arab (Kobani), perto da fronteira com a Turquia, apesar dos bombardeios.
O chefe do Estado Maior do Exército estadunidense, general Ray Odierno, expressou sua confiança em que as forças armadas iraquianas possam evitar que o EI ocupe Bagdá, mas acrescentou um matiz de dúvida ao afirmar que "teremos que ver o que acontece nos próximos dias".
Apesar de o Congresso estar em recesso até o dia 12 de novembro, após as eleições de meio termo do dia 4 do mesmo mês, os legisladores expressaram nos últimos dias suas reservas sobre esta operação militar contra os jihadistas.
Segundo o jornal The Washington Times, os integrantes do Capitólio pedem uma estratégia mais agressiva para deter o avanço dos extremistas.
Um dos críticos mais incendiários da atual campanha contra o EI é o senador republicano John McCain, que disse que os extremistas estão ganhando a guerra, motivo que torna necessária uma reavaliação do que se faz contra eles.
O legislador chamou Obama a enviar ao Iraque e à Síria unidades das forças especiais e aumentar a ajuda aos soldados curdos. Nesse sentido, o presidente da Câmara de Representantes, John Boehner, afirmou que os Estados Unidos terão que enviar tropas ao Iraque para derrotar os jihadistas e colocou em dúvida o possível sucesso da atual estratégia da Casa Branca.
Os Estados Unidos começaram os ataques contra alvos dos extremistas no Iraque em 8 de agosto e atualmente contam com a cooperação de meios aéreos da França, da Grã-Bretanha e da Austrália.
Uma operação parecida começou em 23 de setembro para destruir alvos do EI em território sírio, contra a vontade do Governo daquele país, e destas missões participam as forças armadas da Arábia Saudita, Qatar, Jordânia e Bahrein.
Fonte: Prensa Latina