Jaques Wagner: Aécio Neves não é alguém que possa dar aula de ética
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), afirmou que a campanha de Aécio erra se continuar insistindo em atacar a "corrupção petista". "O povo sabe que tem santo e diabo em todos os partidos", resumiu, defendendo que não vê "em Aécio Neves alguém que possa dar aula de ética".
Publicado 13/10/2014 11:04
Um dos nomes cotados para assumir um ministério em eventual segundo mandato de Dilma Rousseff, o governador da Bahia, Jaques Wagner, critica a campanha do presidenciável tucano Aécio Neves.
Ele acusa o senador mineiro de promover o ódio ao PT, com ajuda da "elite conservadora paulista", e afirma que oposição erra ao focar campanha no tema corrupção: “Há muita hipocrisia. Não reconheço em Aécio Neves alguém que possa dar aula de ética. O povo sabe que tem santo e diabo em todos os partidos”, disse em entrevista à Folha de S. Paulo.
Jaques Wagner destacou ainda que ao contrário do que Aécio diz na TV, quem sempre dividiu o Brasil entre ricos e pobres foi o PSDB, “que nunca trabalhou na permeabilidade social”.
"Se você olhar para a eleição mineira, você desnuda Aécio. O povo mineiro não é bobo. Elegeu disparado Anastasia pelo que é, um homem direito e trabalhador. Ao não reconhecer isso em Aécio, o povo não acompanhou sua indicação para o governo. Quem pensou em choque de gestão não foi Aécio. Estava no Rio passeando. Para sentar na cadeira de presidente tem que trabalhar muito. E ele não tem muito apreço pelo trabalho", criticou Jaques.
Sobre Reforma Política
"Essa palhaçada só acaba quando houver financiamento público de campanha. Mudar essa máquina passa por coincidência de eleição, fim da reeleição, fim da barganha do tempo de TV.
E não vejo o Aécio propor [sobre reforma política], a única coisa que fala é sobre fim da reeleição, para atender a pedido do [governador de SP, Geraldo] Alckmin. No fundo, não é um interesse nobre."
Quanto a seu partido, avalia que “o grande erro do PT foi não ter tido mais pulso para fazer a reforma política, porque ou destrói a máquina eleitoral do jeito que está hoje ou todo mundo vai para o ralo”.
Com agências