Governo chinês diz que manifestações em Hong Kong estão sem rumo
O chefe do Executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, disse neste domingo (12), em entrevista à cadeia TVB, que o movimento Occupy está “fora de controle” e afastou qualquer possibilidade de diálogo. Chun-ying, também conhecido por CY Leung, destacou, contudo, que o movimento não deve ser considerado uma "revolução".
Publicado 13/10/2014 09:11
O líder da administração chinesa de Hong Kong observou que os protestos não podem continuar por muito tempo. “Os últimos fatos mostram que ninguém pode indicar em que direção o movimento vai seguir”, disse o governante.
CY Leung acrescentou que o governo tem a “responsabilidade de fazer cumprir a lei”, mas destacou que o movimento “é muito especial”, razão pela qual tanto o Executivo quanto a autoridade policial “continuam a administrar o incidente com tolerância máxima”.
Nesse sentido, o governo vai continuar tentando convencer os manifestantes a deixar as ruas do centro de Hong Kong e, se tiver necessidade de intervir, irá fazê-lo recorrendo aos meios mínimos necessários.
Sobre o diálogo com os manifestantes, CY Leung disse que mantém “possibilidade zero” na agenda. Na quinta-feira (9), a secretária-chefe Carrie Lam cancelou reunião com os diversos movimentos, argumentando que eles não podiam sentar-se à mesa e pedir maior participação popular nas ruas.
“O diálogo não pode ser utilizado como uma desculpa para incitar mais pessoas a juntarem-se aos protestos”, declarou Carrie Lam quando anunciava aos jornalistas a ruptura das conversações.
Os protestos de Hong Kong ocorrem por conta do processo eleitoral programado para 2017, em que os manifestantes divergem das regras para o pleito estabelecidas pelo governo da China.
Na entrevista, CY Leung garantiu que não pedirá demissão e lembrou que sua resignação também não iria resolver qualquer questão, porque a decisão sobre o futuro político de Hong Kong – tal como ocorre em Macau – cabe ao Comitê Permanente da Assembleia Nacional Popular.
Fonte: Agência Brasil