Chefes militares dos EUA e aliados avaliam campanha contra jihadistas
Chefes militares de cerca de 20 países integrantes da coalizão contra o Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria analisarão nesta segunda (13) e terça (14) em Washington o andamento da campanha bélica contra os jihadistas.
Publicado 13/10/2014 18:03
A reunião, a primeira de seu tipo desde o início dessas operações, começará esta noite e continuará na terça-feira na base militar de Andrews, nos arredores desta capital.
Participará do encontro o presidente da Junta de Chefes de Estado Maior das forças armadas norte-americanas, general Martin Dempsey, o oficial de mais alta patente neste país.
O Departamento de Defesa não informou os países que enviarão seus representantes à reunião, mas especialistas especulam que estarão presentes pelo menos os altos chefes militares do Reino Unido, França, Bélgica, Dinamarca, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
Um dos temas que será abordado nas conversas é a ajuda militar e financeira direta aos grupos antigovernamentais sírios, o que na prática os Estados Unidos e seus aliados já realizam há mais de dois anos, segundo denúncias do Governo de Damasco.
Meios de imprensa destacaram nas últimas semanas que os ataques aéreos do Pentágono contra os jihadistas têm sérias limitações e não impediram o avanço contínuo dos grupos do EI.
Para acalmar os ânimos, representantes estadunidenses advertem que os bombardeios são só o começo de uma estratégia mais ampla, cuja implementação pode demorar vários anos, mas a Casa Branca tem reiterado que não usará forças terrestres próprias contra os fundamentalistas.
Este é outro dos tópicos que o encontro em Washington analisará e, nesse sentido, a assessora de segurança nacional do presidente Barack Obama, Susan Rice, assinalou neste domingo que serão as tropas iraquianas as que participarão desta operação.
Washington mantém em território iraquiano cerca de 1.600 soldados, a maioria deles em missões de segurança das instalações estadunidenses e em tarefas de treinamento das forças locais.
Desde 8 de agosto o Pentágono realizou 436 ataques aéreos contra objetivos do EI no Iraque e na Síria, mas esse grupo extremista continua sua ofensiva iniciada em junho deste ano.
Os bombardeios contra os fundamentalistas em território sírio começaram no dia 23 de setembro, sem a aprovação do Governo de Damasco, mas com o apoio da Jordânia, Barein, Catar e Arábia Saudita.
Fonte: Prensa Latina