Venezuela pede que países da Alba reforcem proteção contra o ebola
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse ter solicitado reunião de emergência dos países-membros da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) para rever os protocolos de prevenção contra o vírus ebola. Fazem parte da Alba, entre outros países, Bolívia, Cuba e Equador.
Publicado 09/10/2014 09:25
"Propus que se faça uma reunião muito rápida, de urgência, dos ministros de Saúde dos países da Alba para passar em revista os protocolos e estabelecer cooperação integral próxima, para estarmos preparados e combater o ebola”, disse.
Nicolás Maduro discursou durante cerimônia de graduação de médicos comunitários, quando explicou que a Venezuela tomou as medidas e fez "suficiente" investimento para evitar a chegada do ebola ao país.
"Já temos os equipamentos e o protocolo aprovado, todo o sistema de segurança, para evitar a chegada do ebola. Apelo a todo o país para colaborar com o sistema público de saúde, nos aeroportos e fronteiras", disse.
Nicolás Maduro acrescentou que "é um dever" dos governos da América Latina que têm "sistemas de saúde mais protegidos" coordenar e preparar as medidas.
O chefe de Estado disse ainda que a reunião poderia ter lugar, "de maneira imediata", em Caracas ou em Havana, e que "há muitas teorias sobre como apareceu esse estranho vírus hemorrágico" que, segundo a Organização Mundial da Saúde, já provocou mais de 3,4 mil mortos e infectou mais de 8 mil pessoas na África Ocidental.
Medicamentos experimentais
O governo japonês vai permitir o uso de medicamentos experimentais contra o ebola, desenvolvidos por empresas nipônicas e que já foram testados em vários países, apesar de nenhum ter sido aprovado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Ministério da Saúde está elaborando um plano específico para autorizar o uso de fármacos no caso de contágios no país e se os pacientes se responsabilizarem, informa a TV NHK.
Os medicamentos serão administrados a doentes que tenham dado a sua autorização depois de informados dos efeitos secundários observados na fase de testes.
O antigripal Avigan, feito por laboratórios do grupo japonês Fujifilm, é um dos poucos usados atualmente de forma experimental para tratar o ebola, ainda que a sua efetividade não tenha sido provada clinicamente, nem a sua utilização autorizada pela OMS.
Fonte: Agência Brasil