Piedad Córdoba pede apoio ao processo de paz na Colômbia

A paz na Colômbia é uma necessidade da integração latino-americana, assegurou a líder do movimento Marcha Patriótica, ao intervir em um dos painéis do Encontro Latino-Americano Progressista, que teve início nesta segunda no Equador.

Após apontar que seu país é uma peça chave nesse processo integracionista, Piedad assinalou que a permanente aliança dos governos colombianos com os Estados Unidos não significa que seus cidadãos sejam alheios aos processos da esquerda que têm lugar na região.

Nesse sentido, destacou os esforços que realizam muitos dos seus correligionários para fazer a nação sul-americana girar no rumo da tendência politica que governa outros países latino-americanos.

Tudo isso, apesar da perseguição e dos obstáculos impostos pela direita, disse.

Córdoba também elogiou a decisão do presidente Juan Manuel Santos de restabelecer os diálogos de paz que desde 2012 acontecem em Havana, Cuba, entre o governo e as Farc-EP, mas criticou o fato de que as autoridades colombianas se neguem a decretar um cessar-fogo unilateral, enquanto as reuniões são realizadas.

Ela agregou que, em meio a este complexo momento, a sociedade civil de seu país promove a proposta de celebrar uma assembleia nacional constituinte que lhe daria solidez política e jurídica aos eventuais acordos de paz.

Ela também agradeceu ao governo equatoriano por seu apoio às conversações ainda em andamento entre a guerrilha do Exército de Libertação Nacional e o governo colombiano.

"Pedimos a todos que se unam a esta luta, que apoiem os atuais diálogos de paz", disse Piedad, que lembrou que o fim da guerra em seu país será uma contribuição inestimável ao processo de integração em marcha na América Latina.

A ex-senadora participa com representantes de 35 partidos e movimentos políticos de esquerda no Encontro Latino-Americano Progressista, aberto nesta segunda em Quito pelo presidente Rafael Correa.

Entre os convidados ao evento de dois dias estão tambémo ex-presidente hondurenho Manuel Zelaya, o líder do partido espanhol Podemos, Pablo Iglesias, e representantes de partidos políticos de Cuba, Chile, México, Nicarágua, Guatemala, Honduras, Venezuela, Grecia e Espanha.

Fonte: Prensa Latina