“Precisamos de ações imediatas contra mudança climática”, diz Morales
O presidente da Bolívia, Evo Morales, abriu a 1º Conferência dos Povos Indígenas da ONU nesta segunda-feira (22), na sede do organismo em Nova York. “Precisamos tomar ações imediatas para enfrentar as mudanças climáticas, em vista às graves consequências que o aquecimento global está deixando na Mãe Terra”, disse durante a solenidade de abertura.
Publicado 23/09/2014 11:21
“A terra o ecossistema são nosso lar e estamos convencidos de que o equilíbrio entre nossas necessidades e o respeito à mãe terra prolongará uma vida melhor no planeta”, afirmou Morales.
O presidente expressou sua preocupação com a falta de comprometimento dos países desenvolvidos ao abordar esta problemática e assegurou que as ações não devem se limitar à redução de danos, mas também devem abarcar atitudes inovadoras relativas a financiamento, tecnologia e apoio à criação de capacidades.
Disse também que na ocasião os países entraram em acordo sobre propostas concretas para assegurar a integridade ambiental do protocolo de Kyoto. Fez questão, no entanto, de enfatizar sua profunda decepção com os países desenvolvidos que não são parte do protocolo, que decidiram sair, ou não ratificar o segundo período de compromissos, entre eles estão Estados Unidos, Canadá e Japão, e outros.
“A ausência de ratificação de qualquer país desenvolvido sobre o compromisso de caráter vinculante coloca em dúvida sua credibilidade e sinceridade em lutar contra as mudanças climáticas. Convocamos todas as partes do protocolo de Kyoto a revisar e aumentar a ambição de seus objetivos de compromisso para o segundo período”, afirmou Morales.
O presidente afirmou ainda que os efeitos adversos das mudanças climáticas estão devastando sociedades no mundo, ameaçando o direito ao desenvolvimento e a sobrevivência dos povos e das nações. “Precisamos de soluções estruturais para a crise climática, assim como medidas imediatas para fazer frente ao impacto de fenômenos extremos”.
Por fim, destacou que o século 21 é o momento para os povos do Sul desenvolverem suas econômicas e sociedades a fim de satisfazer a necessidade humana de maneira sustentável e em harmonia com a natureza.
Fonte: Telesur