“Desigualdade continua tendência de queda em 2014”, diz ministro
Para o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Marcelo Neri, a estabilidade em índice que mede a desigualdade já passou e os desequilíbrios sociais estão em queda constante.
Publicado 19/09/2014 11:30
“Não acho que parou, essa estabilizada da desigualdade não veio para ficar. Os dados mostram que ela continua essa tendência de queda em 2014, para além dos dados da Pnad [Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios]”, disse Neri.
O índice de Gini, que mede a desigualdade de renda em um país – quanto mais próximo de 0 e mais distante de 1, reflete menor desigualdade – teve variação de 0,001, segundo os dados divulgados nesta quinta-feira (18). Em 2013, o indicador referente ao rendimento dos domicílios brasileiros ficou em 0,5, depois de ter caído pela primeira vez para 0,499 no ano anterior. De 2011 para 2012, a variação também foi pequena, de 0,501 para 0,499.
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“De um lado, teve uma expansão importante, recente, do [Programa] Brasil sem Miséria, que é um programa muito focado. Isso, em junho de 2014. E, por outro, um aumento da escolaridade e redução do analfabetismo. São indicadores importantes para prever o futuro da desigualdade de renda no Brasil”, acrescentou o ministro, ressaltando que são indicadores de que a desigualdade continuará caindo.
“Nossa avaliação é que a vida continua melhorando para todos os brasileiros. Tem vários aspectos que não só são extremamente positivos, mas mostram a sustentabilidade do crescimento e da melhoria de vida da população brasileira”, disse a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Ela citou que o rendimento médio de todos os trabalhadores, em 2013, melhorou 5,7% na comparação com 2012, subindo de R$ 1.590 para R$ 1.681.
Os dados também mostram, entretanto, que o aumento da renda entre os mais ricos cresceu mais que o aumento da renda entre os mais pobres. De 2012 para 2013, o crescimento da renda dos 10% mais ricos foi 6,3%, enquanto os 10% mais pobres tiveram ganho de rendimento de 3,5%.
Neri justificou a situação pelo alto crescimento, no ano anterior, da renda da parcela mais pobre. “A renda dos mais pobres está crescendo. Sempre que tem um ano de crescimento muito forte – no ano passado os 5% mais pobres tiveram crescimento real de 20%, isso é uma coisa, um crescimento triplamente chinês – então, este ano está tendo um crescimento mais ou menos em linha, até acima do PIB [Produto Interno Bruto] brasileiro”, disse.
O ministro da Educação, Henrique Paim, comemorou os resultados da área. Segundo ele, houve incremento no ritmo da média dos anos de estudo dos brasileiros. “Em uma década alcançaremos dois anos a mais de estudo, o que é significativo”, disse.
Fonte: Agência Brasil