Zimbábue e Rússia condenam sanções do Ocidente

O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe e o chanceler russo, Serguei Lavrov coincidiram nesta quarta-feira (17) em recusar as sanções impostas a seus respectivos países, auspiciadas por potências do Ocidente, destacam hoje meios de imprensa locais.

Colagem Voz da Rússia - colagem Voz da Rússia

Em uma coletiva de imprensa celebrada ontem na cidade de Kutama, Mugabe qualificou de ilegais as sanções ocidentais contra a Rússia e o Zimbabwe, sem respaldo da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Estas sanções são obras de pessoas que desafiam as leis internacionais", afirmou.

Por sua vez, Lavrov destacou a vontade de ambas nações em apoiar firmemente o respeito ao direito internacional, os princípios da Carta da ONU, o direito de um povo a decidir seu próprio destino, e resolver os conflitos sem atos unilaterais.

"O importante é reconhecer o pluralismo dentro da comunidade internacional, o surgimento de novos protagonistas, incluindo o continente africano cujo interesse e voz devem ser tidos em conta na política mundial", sublinhou.

Durante o encontro, Lavrov reafirmou a vontade de Moscou de estar ao lado da África, enquanto Mugabe comprometeu-se a lutar contra as sanções impostas a Rússia pelos Estados Unidos e seus aliados ocidentais, e aprofundar a cooperação política e econômica bilateral.

No marco da visita de dois dias da delegação de alto nível russa ao Zimbábue, Lavrov participou da abertura de um projeto de uma empresa conjunta de processamento de platino, a um custo de US$ 4,8 bilhões, e que iniciará sua produção a partir de 2017.

Localizado a 70 km ao oeste desta capital, o projeto ocupa 6.500 hectares nas minas de platino Darwendale.

Zimbabwe tem a segunda maior reserva de platina no mundo, após a África do Sul.

Fonte: Prensa Latina