Osmar Júnior quer continuar luta pela distribuição de renda
Na manhã de sábado (13), o candidato deputado federal pelo PCdoB do Piauí, Osmar Júnior, participou da série de entrevista “Candidato Responde” realizada pelo site 180graus. O candidato à reeleição disse que pretende manter sua luta de 30 anos em defesa da democracia, do fortalecimento da economia e da distribuição de renda. Como representante de um dos estados mais pobres do Brasil, ele também mobiliza esforços do seu mandato para garantirequilíbrio entre as regiões do país.
Publicado 15/09/2014 12:02
180graus: Com a sua experiência, como o senhor pensa que pode ajudar o Piauí com um mandato de deputado?
Osmar Júnior: Eu quero continuar um trabalho que iniciamos a pelo menos 30 anos atrás quando eu decidi pela vida pública, pela militância política. Primeiro é a defesa da democracia. Eu acho que um país para se desenvolver ele precisa ter um regime democrático, aberto a participação de todos. Segundo é uma política nacional de desenvolvimento que tenha como centro fortalecer a economia e distribuir renda. E a terceira é em defesa de um equilíbrio entre as regiões do Brasil. O Brasil foi um país que a sua economia cresceu e infelizmente com um modelo concentrador da renda primeiro no estado de São Paulo, depois na região Sudeste. Equilibrar essa distribuição da renda é fator decisivo para garantir que o país cresça e gere uma qualidade de vida melhor para o seu povo. Então, esses são os três eixos básicos da nossa militância política e exercício do mandato.
O senhor já tem algum projeto especifico de trabalho para o seu mandato?
Nós focamos no que nós chamamos de justiça tributária. Os principais projetos que apresentei estão dentro da linha de propiciar condição a política tributária brasileira para que a arrecadação de impostos possa ser mais justa. O que significa isso? O Brasil tem um modelo de arrecadação em que os que ganham menos pagam mais. O principal imposto está vinculado ao consumo da população, não é a sua renda, não é aquilo que ele ganha. Então nós estamos orientando no sentido de fazer com que a apolítica tributária brasileira seja mais justa. Então justiça tributária é a nossa principal bandeira. Nós apresentamos vários projetos, mas vou aqui falar de apenas dois. Primeiro, é a retirada dos impostos que incidem sobre os produtos da cesta básica. Não é correto um país tributar aquilo que o povo come e que é básico para o povo . A presidenta Dilma fez uma política de desoneração da cesta básica e hoje o Governo Federal não mais arrecada de forma substancial recursos a partir da cesta básica. O outro foi relativo as motocicletas, que pagam um volume da taxas assustadoras para o licenciamento. Ee quem tem menos é quem tem moto, e acaba pagando mais do que quem tem um carro de luxo. Então nos propusemos isentar completamente o proprietário de motocicletas desses tributos.
O senhor acha que dá para separar a vida pessoal da vida parlamentar ?
Não é fácil. Seria bom se pudéssemos, mas quando optamos pela vida pública, a gente sabe que terá um comprometimento da vida privada. O homem público tem que ter uma vida transparente, sobretudo no que diz respeito aos seus posicionamentos, a sua forma de se comportar e sobre as suas rendas, que somos obrigados todo ano a publicá-la. É muito difícil separar vida privada da vida pública.
Quem é o candidato que o senhor quer que seja eleito governador do Piauí? O senhor pode dizer que vota de graça em seu candidato ou seu apoio está condicionado à troca de favores?
Eu trabalho pela reeleição do governador Zé Filho. Nós temos um acordo político que foi consagrado na nossa convenção quando formalizamos uma coligação. Nós trabalhamos a reeleição do governador Zé Filho por que entendemos que ele reúne um bloco maior de forças políticas para enfrentar os desafios do crescimento que o Piauí precisa. Eu sempre digo que precisamos crescer mais do que os outros e dirigir o Piauí nessa direção não é tarefa de um só homem, nem mesmo de um só partido, é uma tarefa que requer uma grande união e o governador Zé Filho, que é do PMDB, que é um partido que tradicionalmente temos aliança, conseguiu juntar, unir mais forças, e essa razão que nos juntou a essa coligação para que o trabalho seja realizado.
É de sua vontade indicar ou ser o senhor mesmo um secretário de Estado, caso seu candidato majoritário vença as eleições?
Olha, o meu objetivo é ser reeleito deputado federal, e eu espero que seja. Vou exercer o mandato como nos dois últimos que fiz. Quanto a composição de governo, essa será uma tarefa que ele vai exercer e é claro, acredito eu, que cumprirá essa missão ouvindo os partidos e lideranças que participaram da sua campanha e eleição. Com certeza o PCdoB será ouvido e tomaremos decisões, mas secretariado é coisa para ser tratado depois da eleição.
Considerações Finais
Eu pela terceira vez consecutiva me candidato a deputado federal, me apresento ao povo do Piauí, pedindo apoio, pedindo voto e me comprometendo a trabalhar para exercer um mandato com responsabilidade, fundado na defesa da democracia, fundado na defesa de um modelo econômico que priorize a economia nacional, que tenha como foco a distribuição renda, trabalhando para garantir um equilíbrio entre as regiões, desconcentrar a economia brasileira, permitindo que o Nordeste cresça numa velocidade maior. O Piauí é um estado que sofreu muito no século 20 e precisa recompor a sua posição, precisa portanto crescer mais do que os outros. Quero continuar sendo representante para, ao lado de outros parlamentares e forças políticas, fazer a defesa de maiores investimentos para a nossa terra.
Fonte: 180graus.com