Mendonça de Barros reconhece que “mercado de trabalho continua sólido”
Ex-ministro do Desenvolvimento e das Comunicações no governo FHC, o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, um dos gurus econômicos do PSDB, fala abertamente num acordo entre tucanos o PSB de Marina Silva, para um eventual segundo turno das eleições presidenciais. Mas confessa que tal pretensão não será fácil, porque o “estoque de empregados ainda está aumentando”.
Publicado 15/09/2014 10:12
Mendonção, como ele é conhecido, previu o pacto numa postagem deste fim de semana em sua página no Facebook. “A violência dos ataques do PT e Dilma à candidata Marina Silva veio cedo de mais, claramente com o objetivo de evitar um crescimento maior da vice de Eduardo Campos”, avalia o tucano. “Foi um erro tático, pois estes ataques vão provocar uma aceleração do voto útil em Marina e, desta forma, o resultado será como cavucar areia: gasta energia e não chega a lugar algum. Além disto, vai fortalecer – e antecipar – um acordo com os tucanos para o segundo turno”, completou.
O economista tucano foi um dos primeiros a declarar apoio a Marina, antecipando também por meio de redes sociais que o eventual governo Marina contaria com os tucanos que contribuiriam para a governabilidade, no Congresso, e também com “técnicos” da área econômica. As afirmações de Mendonça e outros tucanos e aliados, deixaram a canoa da candidatura de Aécio Neves (PSDB) ainda mais furada.
Mendonção afirma que, no segundo turno, a estratégia do PT será a mesma de eleições passadas: “nós contra eles”. Mas diz que não será simples vencer. “No segundo turno, a tática 'nós contra eles' vai encontrar um eleitorado diferente do existente nas eleições anteriores; muitos dos membros da nova classe média podem se sentir agora do lado do 'eles'”, afirma.
Mendonça confessa que essa tese vai encontrar dificuldades, pois ao contrário do que os próprios tucanos propagam, a economia vai bem dom Dilma. “Mas para isto a campanha de Marina no segundo turno precisa explorar a fragilidade econômica que vamos viver e entender que o mercado de trabalho continua sólido, pois o estoque de empregados ainda está aumentando", admite Mendonça.
Fonte: Brasil 247