Jorge Panzera: Tucanos geram miséria e sucateamento no Pará
Dando sequência à serie “Eleições PCdoB 2014”, o Portal Vermelho entrevista nesta quarta-feira (10), o presidente estadual do Partido no Pará e candidato a deputado federal , Jorge Panzera. O comunista faz um balanço da conjuntura nacional e aponta os principais desafios a serem enfrentados na região norte do país.
Laís Gouveia, da redação do Vermelho
Publicado 10/09/2014 14:26
Segundo Panzera, o Brasil está passando por um momento de profundas transformações. “Os trabalhadores passaram a ter uma valorização maior, não só o programa Bolsa Família foi importante para a redução da miséria, mas também medidas como a valorização do salário mínimo, geração de emprego e o estado voltando a participar do desenvolvimento do país”.
“Nos próximos quatro anos, precisamos consolidar esse caminhar com a quarta vitória do povo brasileiro, reelegendo Dilma Rousseff, gerando dessa forma mais investimentos na área da educação, na saúde, o programa Mais Médicos já vem contribuindo para isso. Precisamos também enfrentar os gargalos das grandes cidades, pensando na questão da mobilidade urbana e segurança publica”, afirma.
Reformas estruturais para avançar mais
Para o candidato, é necessário realizar reformas estruturais democráticas em nosso país, para alcançar um novo ciclo de desenvolvimento. “Uma reforma política que faça com o que o trabalhador tenha participação na vida parlamentar do Brasil e para contribuir com o fim da prática de financiamento dos candidatos por empresas. Outra reforma fundamental é a das comunicações, lutando contra a censura que a grande mídia impõe aos brasileiros, a reforma no judiciário, para que os direitos da população sejam atendidos, além da reforma agrária e reforma urbana que são estratégicas para avançar nas mudanças”.
No Pará, prevalece o entreguismo
Panzera afirma que o Para é uma das regiões mais ricas do país. “No ano de 2013 nós fomos o estado que gerou o segundo maior superavit em sua balança comercial, foram quase 14 bilhões de reais. Possuímos uma presença mineral fabulosa, o quarto maior rebanho bovino do país, rios que podem gerar mais energia. Mas o que vemos são tais riquezas serem saqueadas como matérias brutas e pouco ficar para o estado. O grande desafio é construir um modelo que gere o desenvolvimento, não só para o Pará, mas para toda a Amazônia. será preciso um grande investimento público, para construção de rodovias e hidrovias, portos e aeroportos”.
Governo tucano é sinônimo de pobreza
O comunista diz que a lógica de governabilidade do Pará, que é conduzido pelos tucanos há quase 20 anos, vem sendo da entrega de matéria prima e das grandes privatizações. “A notícia boa é que temos hoje uma grande frente política, liderada pelo PT e PMDB, com o Helder candidato ao governo e Paulo Rocha ao Senado, que propõe um caminho novo, para acompanhar os avanços do país proporcionados pelos 12 anos de governos progressistas. Não podemos tolerar um Estado que tenha tamanha parcela da população pobre. Possuímos cerca de dois milhões de pessoas que vivem com menos de R$70 por mês”.
PCdoB no cenário regional
Panzera diz que o PCdoB busca voltar a ter representação no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa. “O Partido possui hoje 66 candidatos que estão distribuídos por todo o estado, divulgando as ideias dos comunistas e nossas bandeiras das reformas estruturais para o avanço do país. A nossa campanha é em torno da plataforma de que a população precisa de uma voz que a represente e defenda que o desenvolvimento do país chegue ao estado, gerando empregos e investimentos públicos”, conclui.
Histórico de lutas no movimento social
Jorge Panzera iniciou sua militância no movimento de juventude e foi presidente nacional da União da Juventude Socialista (UJS), onde se destacou na luta pelo “Fora Collor!”. O comunista é ex- secretário de Esportes do governo Ana Júlia (PT). Hoje Panzera é presidente estadual do PCdoB