EUA iniciam manobras militares e aumentam tensão com a Rússia
Navios de guerra dos Estados Unidos e da Ucrânia iniciam nesta segunda-feira (8) no noroeste do Mar Negro as manobras militares conjuntas "Sea Breeze 2014" que dão continuidade ao plano de expansão da Otan para as proximidades da Rússia.
Publicado 08/09/2014 06:25
As operações navais transcorrem até a próxima quarta-feira (10) e nelas intervêm 280 efetivos da Armada norte-americana, confirmou o Ministério da Defesa ucraniano.
As manobras incluem o controle da navegação mercante, a busca e detecção de embarcações transgressoras, inspeções, operações de resgate e outras missões, acrescentou a fonte.
Barcos do Canadá, da Espanha, Romênia e Turquia integram o destacamento de 12 naves de combate e embarcações auxiliares, ao passo que a França, a Geórgia, a Noruega e a Suécia enviaram observadores, segundo se informou.
As novas manobras começam antes da conclusão na Letônia, prevista também para esta segunda-feira, dos jogos de guerra da Otan "Steadfast Javelin 2", cujo objetivo era o deslocamento de cerca de mil soldados e armamento desse bloco em situações críticas.
Para o restante do ano, estão programadas outras manobras militares denominadas “Loyal Lance” (na Alemanha), “Noble Ledger” (na Noruega), “Rapid Trident” (na Ucrânia), “Anaconda (na Polônia) e “Trident Lance” (na Alemanha).
O secretário geral da Otan, Anders Fogh Rassmusen, confirmou recentemente que, pela primeira vez, serão deslocadas permanentemente tropas para novas bases situadas em países do Leste europeu, que fazem fronteiras com a Rússia, como Lituânia, Estônia e Letônia.
A partir do pretexto da crise promovida na Ucrânia precisamente pelos Estados Unidos e seus aliados, do rechaço de Moscou à ruptura da ordem constitucional em Kíev e da reunificação da Crimeia com a Rússia, as potências ocidentais voltam a esgrimir o fantasma da ameaça russa, segundo comenta a imprensa em Moscou.
Com essa justificativa, a reunião de cúpula realizada no País de Gales nas últimas quinta e sexta-feira (4 e 5), aprovou o deslocamento dessas forças, além da criação de um contingente de reação rápida de ao menos quatro mil homens para um eventual enfrentamento contra a Rússia.
Estas ameaças, obrigam a Rússia a atualizar sua doutrina militar antes do final de 2014, afirmou recentemente o subsecretário do Conselho de Segurança Nacional, Mikhail Popov.
Prensa Latina