Obras no semiárido nordestino garantem água a 12 milhões de pessoas

“Quando a gente leva água para essa região, o que nós estamos garantindo é que seja possível conviver com a seca. Porque a seca vai acontecer, sempre acontece. Temos de criar as condições para que, quando chegar, nós estejamos mais fortes e possamos perfeitamente conviver com ela. Isso significa água permanentemente”, disse a presidenta Dilma Rousseff.

Maior obra de infraestrutura hídrica do Brasil é também uma das 50 maiores construções de infraestrutura em execução no mundo e já está com 100% de todas as etapas contratadas. O Projeto de Integração do Rio São Francisco está orçado em R$ 8,2 bilhões.

Estão empregados atualmente 11.462 trabalhadores e 3.929 máquinas estão em operação. A conclusão das obras está prevista para 2015. Este projeto tem extensão de 477 km nos dois eixos de transferência de água, Norte e Leste (com 62,3% e 62,6% de execução física, respectivamente). Consta ainda, além da recuperação de 23 açudes, a construção de quatro túneis, 14 aquedutos, nove Estações de Bombeamento e 27 reservatórios.

O empreendimento vem para solucionar problema da falta d’água, mas seus benefícios serão ainda mais representativos na região, com a geração de emprego e a inclusão social.

O projeto possui um programa de reassentamento para atender as famílias residentes na faixa de obra por meio de reassentamentos em vilas produtivas rurais, que contam com postos de saúdes, escolas, rede elétrica, sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
E prevê, ainda, aproximadamente R$ 1 bilhão para programas básicos ambientais, que são desenvolvidos por 38 programas ambientais, possibilitando o conhecimento aprofundado do bioma Caatinga e a melhoria de condições de vida de comunidades indígenas e quilombolas na área de impacto do projeto.

À Integração do São Francisco somam-se, em todo o Nordeste, obras que vão mudar o perfil da oferta de água como o Eixão das Águas e o Cinturão das Águas (CE), as Adutoras de Piaus e Bocaina (PI), a Adutora do Alto Oeste e Seridó (RN), o canal da Vertente Litorânea (PB), o Ramal do Agreste e as Adutoras do Agreste e do Pajeú (PE), o Canal do Sertão Alagoano (AL), a Adutora do São Francisco (SE), e as adutoras do Algodão e do Feijão (BA).

Crescimento do Semiárido

De acordo com levantamento divulgado esta semana pelo Instituto Nacional do Semiárido (Insa), em quatro anos a população da região do Semiárido cresceu mais de 5%. A população equivale, hoje, a pouco mais de 34% da população do Nordeste e 12% da do País. O resumo foi feito com base nas estimativas populacionais dos municípios em 2014, realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A região Nordeste possui apenas 3% da disponibilidade de água, o que provoca grande irregularidade na distribuição dos recursos hídricos, já que o rio São Francisco apresenta 70% de toda a oferta regional. As águas deste rio abastecem bacias que têm, em média, uma oferta hídrica de 450 m3/habitante/ano, bem inferior à considerada como ideal pela Organização das Nações Unidas (ONU), que é de 1.500 m3/habitante/ano.

Fonte: Portal Dilma