Mantega comemora aumento na produção industrial brasileira
A produção industrial brasileira cresceu 0,7% na passagem de junho para julho. É a primeira alta depois de cinco meses de queda, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta segunda-feira (2).
Publicado 02/09/2014 15:45
O ministro da Fazenda, Guido Mantega fez questão de comentar o bom resultado da produção industrial: "A produção industrial veio boa em julho mostrando que no segundo semestre temos uma recuperação da atividade econômica", avaliou. "O que mais cresceu foram bens duráveis e de capital. É um indicador importante de que neste terceiro trimestre teremos um crescimento positivo."
A alta de 0,7% na produção industrial de julho foi o melhor resultado desde janeiro deste ano, quando a atividade havia aumentado 2,5% na comparação com o mês imediatamente anterior.
Na comparação de julho deste ano com julho do ano passado, no entanto, a produção industrial teve queda de 3,6%. Recuos também foram registrados nos acumulados do ano (-2,8%) e dos últimos 12 meses (-1,2%).O avanço de junho para julho foi motivado por altas nos bens de consumo duráveis (20,3%) – máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (16,7%) – e bens de consumo semi e não duráveis (0,7%).
Vinte dos 24 setores da indústria pesquisados tiveram crescimento na produção. Os principais impactos positivos vieram dos equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (44,1%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (8,5%).
O segmento equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos teve a maior alta da série histórica, iniciada em 2002, e interrompeu uma trajetória de quatro meses de quedas (que acumulou perda de 38,1%). Já os veículos automotores superaram queda de 18,1%, acumulada nos meses de maio e junho.
Outros setores que tiveram contribuição importante para o crescimento da produção industrial foram outros equipamentos de transporte (31,3%), máquinas e equipamentos (7%), máquinas e materiais elétricos (13,1%), outros produtos químicos (2,4%), além de vestuário e acessórios (8,6%).
Com informações da Agência Brasil