Maduro pede que Ocidente pare de culpar Rússia pela crise na Ucrânia
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, exigiu que os países do Ocidente parem com as críticas contra a Rússia por conta da crise na Ucrânia.
Publicado 02/09/2014 09:31
“Nós, na nossa Venezuela independente, exigimos que os que agora perseguem e acusam a Rússia, parem com críticas contra ela, exigimos cessar a busca de pretextos para a guerra contra a Rússia… Queremos paz para o mundo inteiro, queremos respeito para a Rússia e dizemos isso daqui, da Venezuela bolivariana”, disse ele em uma entrevista a uma TV local.
Em razão da crise ucraniana, os EUA têm articulado um vasto jogo de sanções contra políticos, homens de negócios e companhias da Rússia. Washington insiste também em que os seus aliados imponham medidas de restrição análogas.
Depois dos EUA, as sanções antirrussas foram impostas pela União Europeia, Suíça, Canadá, Austrália e Japão. Além disso, os norte-americanos e os europeus tentam pressionar para que países da América Latina, China e Coreia do Sul também passem a adotar medidas restritivas contra o governo de Moscou. No entanto, tal intenção não logrou êxito até o momento e estas nações têm ignorado os pedidos por sanções.
O Ocidente atribui à Rússia uma grande parte da culpa pela crise ucraniana, acusando-a, em particular, de ter prestado apoio a milícias locais. Moscou refuta estas acusações e reage às sanções restringindo a importação de produtos destes países.
A União Europeia anunciou que irá criar novas listas de pessoas e organizações que têm ligações com os insurretos no leste ucraniano para aplicar restrições a elas. Esta é mais uma tentativa de intensificar a pressão sobre a Rússia.
Federica Mogherini, recém-eleita Alta Comissária da União Europeia para Relações Exteriores e Política de Segurança, prometeu que a Comissão Europeia terminará, na quarta-feira (3), o projeto da nova proposta de sanções complementares dos países da União Europeia contra a Rússia. As sanções serão um “pacote alargado de medidas em quatro setores, que já foram aprovadas”, frisou Mogherini.
Tayguara Ribeiro, da redação do Vermelho,
com informações da Voz da Rússia