Egito cancela voos para Israel por conta da quebra da trégua em Gaza

O Ministério da Aviação Civil do Egito anunciou, nesta quinta-feira (21), que suspendeu todos os voos que saem da capital egípcia, Cairo, com destino a Tel Aviv, em Israel.

soldados israelenses - Reuters

A medida foi tomada como consequência pela violação pelo regime israelense do cessar-fogo na Faixa de Gaza. O Egito tem buscado mediar uma trégua duradoura entre Israel e os palestinos, mas na última terça-feira (19), o governo de Tel Aviv saiu unilateralmente das negociações de paz e voltou a bombardear Gaza.

A alegação é de que o Movimento de Resistencia Islâmica (Hamas) atirou foguetes primeiro em territórios israelenses, fato este negado pelos palestinos.

Nesta quarta-feira (20), uma menina de três anos, uma mulher e outro adulto ainda não identificado, morreram nos bombardeios das forças israelenses durante a madrugada, segundo informações do Ministério da Saúde da Palestina.

Ao menos outras 40 pessoas estão feridas após ataques aéreos israelenses contra a região residencial da al-Dalou em Sheikh Radwan, no interior da Faixa de Gaza.

Equipes de resgate trabalham na busca de corpos entre os escombros do edifício multifamiliar de três andares golpeado por um míssil ar-terra.

Os aviões de guerra dirigiram seus ataques a mais de 30 lugares, incluindo as terras agrícolas em Beit Lahiya, al-Zaytoun, al-Maghazi, Deir al-Balah, Al-Qarara, Khuza, no leste de Rafah e a oriental Shujaiyya.

Estas ações bélicas foram vistas pelo Hamas como uma intenção de Israel de sabotar os diálogos negociadores que se desenvolviam no Cairo, Egito. Os israelenses, até o momento, não deram indícios de quando pretendem retomar as negociações para uma paz duradoura em Gaza.

Um dos pedidos do Hamas durante as negociações de trégua é que o governo de Tel Aviv suspenda o bloqueio que tem imposto há anos na região. Depois destes bombardeios dos últimos 40 dias, a manutenção do bloqueio não permitirá uma reconstrução das cidades palestinas. Além dos milhares de feridos e mortos, a população local vive problemas com a falta de água, energia elétrica e alimentos. Escolas, casas e hospitais estão destruídos.

Da redação do Vermelho
com informações da Prensa Latina e da Hispan TV