Governo do Egito é acusado de crimes contra a humanidade
A Human Rights Watch (Observatório dos Direitos Humanos) acusou o governo egípcio de praticar crimes contra a humanidade por conta da morte de um grande número de aliados do ex-presidente do país, Mohammad Mursi, durante um protesto ocorrido no ano passado.
Publicado 12/08/2014 16:21
De acordo com um relatório da organização internacional, as forças de segurança egípcias mataram pelo menos 817 pessoas em uma manifestação que ocorreu no dia 14 de agosto de 2013, a favor do presidente deposto, nas ruas Raba e Adawiya Nahda no Cairo, capital do país.
Segundo o Observatório dos Direitos Humanos, foi "um dos maiores massacres de manifestantes em um único dia na história recente. Os assassinatos não só representam graves violações dos direitos humanos internacionais, mas, também crimes contra a humanidade".
O documento recomenda que vários funcionários do alto escalão dentro do governo sejam investigados, incluindo Abdel Fatah al-Sisi, atual presidente do Egito. A notícia veio um dia depois que as autoridades egípcias não permitiram a entrada no país de membros do Observatório para a apresentação do relatório.
Desde a derrubada de Mursi, em julho de 2013, o governo local reprime qualquer manifestação contrária ao poder estabelecido. Até o momento, esta atitude já resultou em 1.400 mortes e dezenas de feridos e presos.
Da redação do Vermelho,
com informações da Hispan TV