Candidata ao Senado, Perpétua defende “mais mudanças”
Dando sequência à série “Eleições PCdoB 2014”, o Portal Vermelho chega ao Acre e conversa nesta quarta-feira (6) com a deputada federal Perpétua Almeida, que concorre neste ano a uma vaga no Senado. A comunista comenta a respeito da sua trajetória de lutas e quais são suas perspectivas políticas.
Laís Gouveia, da Redação do Portal Vermelho
Publicado 06/08/2014 17:34
Maria Perpétua de Almeida iniciou sua atuação política aos 18 anos, pouco depois de sair do convento de freiras. “Foi na Igreja que despertei meu interesse pelas causas sociais e foi com esse sentimento que ingressei na militância política. Logo me filiei ao PCdoB.”
Perpétua participou de vários movimentos sociais e religiosos, como as pastorais da juventude, e foi uma das fundadoras da União Municipal de Associações de Moradores de Cruzeiro do Sul, município do Acre. “Participei ativamente da criação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação e fui presidente do Sindicato dos Bancários do Acre”, afirma.
Em 2000 a dirigente foi eleita a vereadora mais votada da Frente Popular em Rio Branco e desde 2002 é representante do Acre na Câmara dos Deputados. Foi a mais votada da Frente Popular nos três pleitos e por duas vezes a deputada mais votada do Acre.
Perpétua diz que a presidenta Dilma Rousseff demonstrou maturidade e coragem na condução do país. “O governo dela optou pelo melhor e mais eficiente mecanismo de desenvolvimento que é o combate frontal à pobreza. A união dos partidos progressistas que formam a base da presidenta Dilma tem ajudado a melhorar a qualidade de vida de milhões de brasileiros por meio de programas sociais como o Bolsa Família, Minha Casa, Minha vida, Luz para Todos”.
“Ampliou-se também o acesso ao ensino superior, por meio de programas como o Fies e o ProUni, além da criação de várias escolas técnicas pelo país, o que tem preparado o Brasil para os novos desafios do futuro e a geração de empregos.”
Mais desenvolvimento econômico e social
A dirigente diz que os avanços foram significativos em menos de duas décadas de governo popular que começou com a eleição de um trabalhador, mesmo recebendo como herança um governo neoliberal. “Mas sabemos que temos muito para conquistar. Precisamos de uma nova arrancada realizando as reformas que Brasil precisa, aprofundando a democracia política e democratizando também o Judiciário, permitindo, sobretudo, maior participação popular nas esferas de poder. Precisamos aprofundar a defesa da soberania nacional, nos tornando uma nação autônoma e articulada com os demais países em desenvolvimento, principalmente nas relações sul-sul e com o Brics. Além disso, precisamos ampliar o desenvolvimento econômico e o social do país. Necessitamos de mais mudanças, mais futuro.”
O tostão contra o milhão
No estado do Acre, o PCdoB lidera, junto com o PT, uma coalizão de 14 partidos que formam a base de apoio do governador Tião Viana, do Partido dos Trabalhadores (PT). “Os principais partidos estão juntos nesse projeto de desenvolvimento sustentável, econômico, político e social da Frente Popular desde 1989. Nesta eleição, o PCdoB apresenta alguns de seus melhores candidatos para a disputa. Apesar da qualificação dos nossos quadros, enfrentamos o problema da disputa desigual, financeiramente falando, do peso do poder econômico. Mas, apesar da falta de dinheiro, conseguimos colocar na rua uma campanha alegre e colorida com o apoio da UJS. É a eleição do tostão contra o milhão. Independente disso, continuaremos na luta e com trabalho árduo para que possamos aprofundar as medidas de desenvolvimento econômico e social que estão mudando o Acre para melhor nesses anos de administração da Frente Popular ”, conclui.