Em visita a fábrica, Padilha conquista apoio de trabalhadores
Em campanha, Alexandre Padilha, candidato ao governo do estado de São Paulo (PT) e Nivaldo Santana, candidato ao cargo de vice- governador (PCdoB) estiveram na porta da fábrica da Ford, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, na tarde desta quarta-feira (5), onde panfletaram e conversaram com trabalhadores no local. A visita contou com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Laís Gouveia, da redação do Portal Vermelho
Publicado 05/08/2014 21:11
Logo na chegada, os candidatos foram recebidos com animadas palavras de ordem de militantes e apoiadores da campanha. Padilha concedeu uma breve coletiva de imprensa, onde tratou de alguns pontos que estão na ordem do dia para o povo paulista.
Em relação à crise do Sistema Cantareira, o candidato disse que, ao contrário do que afirma o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a prática do racionamento já esta sendo exercida em várias regiões. “O governador está vivendo no mundo da propaganda eleitoreira, tal atitude é uma falta de sensibilidade com o cidadão, que há tempos vem sofrendo com o problema da falta de água”.
O ex-ministro da saúde afirmou que o estado paulista enfrenta um esgotamento do modelo tucano. ”O PSDB prometeu 30 quilômetros de extensão do metrô e entregou menos de 10. São Paulo poderia ser referência no que diz respeito à saúde pública, porém, vemos a situação catastrófica a que o povo precisa se sujeitar, com hospitais completamente sucateados".
Segurança pública
O candidato citou ainda a situação de violência vivida pelos paulistas e afirmou que vai enfrentar o crime organizado. "Nós enfrentamos o PCC, quero ser governador para enfrentar o PCC, não como o governo atual, que não enfrenta o PCC", disse.
Padilha lembrou ainda do tempo de quando era ministro do governo Lula e lhe agradeceu por isso. O candidato disse que apesar de ter conversado com inúmeros empresários, o que mais o emociona é falar com os operários.
Em sua breve fala, por causa de uma gripe, Lula disse que não se preocupa com as pesquisas que apontam Padilha com 5% das intenções de voto. Para ele, a campanha eleitoral está apenas começando. O ex-presidente enalteceu a presença dos operários da região do ABC, local onde iniciou sua atividade politica. “Sinto-me muito alegre de poder estar falando aqui hoje”.
O candidato a vice-governador, Nivaldo Santana (PCdoB), que já foi deputado estadual por São Paulo e possui uma longa trajetória de lutas no movimento sindical, onde ocupou a vice-presidência da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras (CTB) e ainda a secretaria sindical de seu partido, afirmou que a presença dos comunistas na chapa, composta pelo PT e pelo PR é fundamental para aumentar a participação popular no projeto progressista que a coligação defende. “Uma de nossas principais contribuições é reforçar a base da militância de massa. O PCdoB tem grande envolvimento nos movimentos socais e por consequência esta contribuição vai se fazer presente durante a campanha”.
Segundo o líder sindical e operário da fábrica, Ronaldo Matheus, mais conhecido como Alemão, eleger Padilha em São Paulo representa romper com um ciclo que há quase duas décadas atrasa o estado, “Precisamos seguir avançando no ritmo que o Lula e a Dilma proporcionaram para o Brasil. Chega de eleger quem não pensa no pobre. Votar no Alckmin é ir contra as mudanças”.
O presidente do PCdoB da capital paulista, Jamil Murad, acompanhou a visita dos candidatos à fábrica no ABC e disse que uma urgente mudança programática precisa ser executada. “São Paulo precisa acompanhar o projeto de aprofundamento das mudanças a que Dilma dará continuidade. A reeleição dos tucanos significa o atraso para 42 milhões de pessoas que habitam o estado.”
Os candidatos encerraram a atividade com uma grande panfletagem para os quatro mil trabalhadores que estavam saindo de mais um dia de trabalho.