Presidente palestino faz apelo ao mundo para deter agressão israelense

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, pediu à comunidade internacional, em particular as Nações Unidas, o governo dos EUA, a União Europeia, a Rússia, a China e os demais países do mundo, que intervenham imediatamente para forçar Israel a parar a agressão.

Mahmoud Abbas na Assembleia Geral da ONU - ONU

Abbas considera que Israel tem graves responsabilidades pela continuação da guerra contra o povo palestino.

Ele disse que Israel continua sua agressão, crimes e guerra aberta contra o povo palestino, incluindo o bombardeio de mais uma escola da ONU, desta vez em Rafah, o que levou à morte e ferimentos de dezenas de crianças, mulheres e idosos.

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Ele acrescentou: "Durante os últimos 27 dias, Israel já matou e feriu 17 civis palestinos por hora; matou uma criança palestina a cada três horas desde o início da agressão".

Abbas disse ainda que a liderança palestina, incluindo todas as facções palestinas, respondeu às propostas da comunidade internacional de um cessar-fogo humanitário durante 72 horas, o que também foi endossado pelas Nações Unidas. No entanto, essa trégua entrou em colapso como resultado da contínua agressão de Israel na Faixa de Gaza.

ONU: ataques imorais e criminosos

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, qualificou de imorais e criminosos os bombardeios às escolas em Gaza, depois de condenar em termos severos um novo ataque neste domingo (3) contra outro centro administrado pela ONU.

Ban disse que estas agressões são uma "violação flagrante do direito internacional humanitário".

A agressão de Israel a uma escola refúgio da UNU no sul da Faixa de Gaza deixou ao menos sete mortos palestinos e vários feridos. O território palestino continua submetido a um férreo bloqueio por Israel.

Segundo revelou o Centro Palestino para os Direitos Humanos, mais de um quarto da população de Gaza, cerca de 520 mil pessoas, vive desalojado, longe de seus lares por temor ao conflito. Esta situação se agrava uma vez que o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, decidiu não participar das conversações no Egito neste fim de semana.

O imperialismo estadunidense mantém seu apoio ao Estado sionista israelense, seu mais fiel aliado no Oriente Médio.

O presidente estadunidense, Barack Obama, reiterou aos jornalistas na última sexta-feira (1º) a opinião de que Israel foi agredido e tem direito a defender-se.

Em quase um mês de agressão israelense, o número de mortos palestinos é de quase dois mil, em sua maioria civis, entre os quais um importante número de mulheres e crianças.

Com Prensa Latina