Embaixada da Rússia repudia desinformação da mídia brasileira
Documento diz que “acusações infundadas contra a Rússia e seu presidente na ausência de quaisquer provas e resultados de investigação nos deixam perplexos e indignados”.
Publicado 22/07/2014 17:15
A Embaixada Russa no Brasil divulgou nesta segunda-feira (21), uma Carta de Repúdio a informações precipitadas da imprensa brasileira sobre a tragédia do Boeing malaio.
O documento diz que “acusações infundadas contra a Rússia e seu Presidente na ausência de quaisquer provas e resultados de investigação nos deixam perplexos e indignados”.
Leia abaixo a íntegra da carta:
“Carta de Repúdio
“As declarações precipitadas feitas por certos veículos da imprensa brasileira em relação ao acidente aéreo com o avião das Linhas Aéreas da Malásia e acusações infundadas contra a Rússia e seu Presidente na ausência de quaisquer provas e resultados de investigação nos deixam perplexos e indignados.
“A Parte Russa foi a primeira a declarar a necessidade de realizar uma investigação independente, aberta e objetiva das causas dessa catástrofe. A investigação deve ter caráter internacional e ser conduzida com o papel central da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) e outras instituições internacionais. Tal formato permitirá garantir uma investigação verdadeiramente independente, evitar avaliações unilaterais, descobrir as causas reais do acidente. A Rússia também chamou as duas partes do conflito ucraniano a fazer o possível para providenciar o acesso de peritos internacionais à área do acidente e segurança deles a fim de efetuarem todas as ações necessárias para investigar a catástrofe referida.
“Ninguém tem direito de usar essa tragédia para alcançar seus objetivos políticos interesseiros. Tais acontecimentos devem unir as pessoas ao invés de separá-las. Os responsáveis pela situação na região precisam elevar o nível da sua responsabilidade perante o seu próprio povo e os povos dos países cujos cidadãos ficaram vítimas dessa catástrofe.
“Por sua parte, a Rússia está fazendo tudo que depende dela para que o conflito no leste da Ucrânia passe da fase militar atual para as negociações e resolução por meios pacíficos e excepcionalmente diplomáticos.”