Para Putin, ataque a avião mostra urgência de fim da crise na Ucrânia
O presidente da Rússia Vladimir Putin disse que é necessária uma investigação minuciosa e profunda sobre o ataque ao avião malaio, nesta quinta-feira (17), que matou os 298 passageiros a bordo, quando sobrevoava a Ucrânia. Para Putin, que conversou por telefone com o premiê da Holanda, Mark Rutte – 154 das vítimas eram holandesas – nesta sexta-feira (18), a “tragédia” demonstra a urgência de uma solução para a crise no país vizinho da Rússia.
Publicado 18/07/2014 09:40
De acordo com um comunicado da Chancelaria russa, Putin afirmou a necessidade de uma investigação atenta do ataque que matou 154 holandeses, 28 australianos, ao menos nove britânicos, indonésios e cidadãos de vários outros países, a bordo do Boeing-777 de uma companhia aérea da Malásia, que viajava de Amsterdã para Kuala Lumpur.
O Boeing-777 fazia a ligação entre Amsterdã e Kuala Lumpur e desapareceu dos radares da Ucrânia a uma altitude de 10.000 metros. O avião perdeu a comunicação na região oriental de Donetsk, perto da cidade de Shaktarsk, onde ocorrem combates entre forças governamentais ucranianas e as milícias que resistem à operação militar lançada há meses.
O Comitê Interestatal de Aviação, um órgão baseado na Rússia encarregado da investigação de todos os incidentes com aeronaves civis na maior parte das antigas repúblicas soviéticas, inclusive na Ucrânia, pediu a formação de um grupo de investigação internacional sob o comando da Organização Internacional de Aviação Civil (Icao, na sigla em inglês), um órgão da Organização das Nações Unidas (ONU).
O comitê baseado na Rússia disse que o grupo analisará os registros do voo que estão sendo recolhidos na região de Donetsk, no leste da Ucrânia.
De acordo com a emissora Russia Today, tanto as tropas ucranianas e as milícias em combate negaram ter disparado contra o avião e afirmaram que não teriam capacidade para derrubar uma aeronave que voava a 10 mil metros de altitude, enquanto alguns oficiais e parte da mídia do Ocidente acusam a própria Rússia.
Com informações da Russia Today,
Da Redação do Vermelho