Fundos abutres: "Argentina não vai se suicidar", diz chanceler à OEA
O chanceler argentino, Héctor Timerman, assegurou que o país “quer negociar e vai pagar (a dívida), o que não vai fazer é se suicidar”. Em declarações feitas de Washington, onde se reúnem os chanceleres da Organização de Estados Americanos (OEA) para discutir o caso dos “fundos abutres”, Timerman acusou Paul Singer, titular de um desses fundos, de “brincar com o câncer dos operários” de uma fábrica comprada nos EUA.
Publicado 03/07/2014 15:42
"Pelo lobby que ele fez no Congresso e na mídia, Singer conseguiu evitar o pagamento dos julgamentos aos trabalhadores ganharam um bilhão de dólares com essa companhia, brincando com o câncer dos trabalhadores. Este é o famoso 1% que está lidando com a Argentina", disse Timerman ao afirmar que o material tóxico que a empresa produz contaminou muitos dos funcionários, que acabaram desenvolvendo câncer.
Timerman destacou também o apoio da comunidade internacional à Argentina e enfatizou que "todas as organizações de nossa região como a Celac, Unasul, Mercosul, e várias organizações sindicais e empresariais têm manifestado o erro da decisão" do juiz Thomas Griesa em prol desses fundos, conhecidos também como “holdout”.
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Os “fundos abutres” são um capital de risco que consiste na compra de títulos da dívida de um Estado em situação econômica difícil (normalmente a 20% ou 30% de seu valor nominal). A especulação financeira acaba favorecendo o comprador que, posteriormente, pode cobrar a totalidade do valor do bônus mais os juros em tribunal.
Neste sentido, o chanceler rejeitou as ações "deste grupo de especuladores que se dedicam especialmente a destruir, desarmar os acordos alcançados entre os credores de boa-fé e os países que querem acabar com o flagelo da dívida”.
Quanto à possibilidade de recorrer ao Tribunal de Haia, o diplomata disse que "o departamento jurídico do Ministério das Relações Exteriores está fazendo um estudo sobre as responsabilidades legais que são atribuídas a cada um dos atores desse drama que estamos vivendo".
Da redação do Portal Vermelho,
Com informações da Telesur