Bahiafarma produzirá medicamento para distribuição no SUS
Inaugurada na manhã desta quinta-feira (26/06) pelo governador Jaques Wagner, no Centro Industrial de Aratu (CIA Sul), em Simões Filho, a nova unidade da Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos – Bahiafarma vai produzir medicamentos de interesse social para o SUS, ampliando a oferta e reduzindo o custo para a rede pública. Desativada em 2002, a Bahiafarma foi recriada em 2011 por meio de decreto do governador.
Publicado 26/06/2014 18:30 | Editado 04/03/2020 16:15
Primeiro medicamento a ser produzido, a Cabergolina atualmente é importada e, graças à unidade, vai suprir toda a demanda pelo fármaco no país, sendo fornecida ao Ministério da Saúde pela metade do preço.
Na ocasião, o governador afirmou que a retomada, após 12 anos, vai ampliar a oferta de remédios distribuídos pelo SUS. "Trata-se de um recomeço em outro patamar com esforço grande do Governo do Estado, em parceria com o Governo Federal e com o laboratório privado que faz a transferência de tecnologia e já com planejamento de expansão nos próximos cinco anos, trazendo emprego, saúde e tecnologia".
A entrega da fábrica, que contou com investimentos de R$ 27 milhões, sendo R$ 12 milhões do Governo do Estado, teve as presenças do ministro da Saúde, Arthur Chioro, do secretário da Saúde do Estado, Washington Couto, da presidente da Bahiafarma, Julieta Palmeira, dos deputados federais Alice Portugal e Daniel Almeida (PCdoB), entre outros.
Produção na Bahia
A Cabergolina é indicada para pessoas com distúrbios hormonais, como os que interferem na produção do leite materno. Com a fabricação na Bahia em uma indústria pública, o produto, atualmente importado da Itália e da Argentina, passará a ser fornecido ao Ministério da Saúde pela metade do preço de mercado. A capacidade da unidade é de um milhão de comprimidos por ano, suprindo a demanda total pelo remédio no país.
Para Chioro, a redução nos custos do Ministério da Saúde se reflete diretamente também no orçamento para o pacientes que necessitam do remédio e não precisarão comprá-lo. “Esse primeiro medicamento significa uma economia, já no primeiro ano, da ordem de R$ 3,7 milhões, ou seja, mais de 10% do investimento para o ressurgimento da Bahiafarma”.
Medicamentos
Também está no planejamento da Bahiafarma a produção de outros medicamentos a partir de parcerias de desenvolvimento produtivo: o Sevelâmer, para insuficiência renal crônica; o Everolimo e o Micofenolato Sódio, imunossupressores para transplantados; Etanercepte e Adalimumabe, para artrite reumatóide; Trastuzumabe, para tratamento de câncer de mama; e a vacina alergênica, para imunoterapia para asma. “Esses produtos possuem alto valor agregado não só do ponto de vista do custo, mas da tecnologia, porque envolvem engenharia genética em parceria com a indústria privada”, explica a presidente da Bahiafarma, Julieta Palmeira.
De Salvador,
Ana Emília Ribeiro
Com informações da Secom