Evo denuncia complô financeiro contra a Argentina
O presidente da Bolívia, Evo Morales, denunciou nesta segunda-feira (23) em La Paz um complô financeiro contra o governo da Argentina liderado por Cristina Fernández Kirchner.
Publicado 24/06/2014 04:34
Estamos ante uma nova estratégia que buscam aplicar contra o povo argentino e não podemos permitir que os atuais especuladores financeiros se convertam em opressores da extorsão, afirmou Morales na sede da Chancelaria onde se prestou um informe sobre o monitoramento do cultivo da folha de coca.
"A verdadeira intenção dessa estratégia é criar novas crises e com isso conduzir à privatização de nossas empresas financeiras e saquear os recursos naturais como sempre fizeram", recordou o presidente da Bolívia.
O que se pretende fazer contra a Argentina – alertou – é um complô financeiro motivado pela voracidade dos que se aproveitam de nossas dificuldades econômicas.
Como governo, condenamos a agressão que estão sofrendo os governos progressistas, como por exemplo a Venezuela, que sofre uma agressão política externa, e a Argentina contra a qual estão promovendo uma guerra financeira econômica, acrescentou. Evo ressaltou que considera esse ataque uma agressão ao povo da Bolívia, e às nações latino-americanas.
Durante sua participação na Cúpula do G-77 mais a China, realizada recentemente na cidade boliviana de Santa Cruz, a presidenta argentina Fernández considerou imperativo o estabelecimento de uma nova ordem mundial livre das práticas financeiras que implicaram a crise econômica global.
Para a presidenta argentina, é crucial pronunciar-se contra a extorsão, a dominação e a geração de dinheiro fictício, porque o modelo se tornou sistêmico e atenta contra a estabilidade econômica e o desenvolvimento das forças produtivas na maioria dos países, principalmente nos subdesenvolvidos.
A presidenta afirmou também que a situação atual está muito pior e mais vulnerável que há pouco mais de ano. Em sua opinião, a humanidade está diante de uma fragilidade se persistir a ordem mundial baseada em poderes hegemônicos que não abordam de maneira racional os problemas do planeta.
"Isto é uma distorção total e absoluta neste longo capitalismo que vive o mundo dominado pelos capitais financeiros, temos uma nova categoria que é a exclusão, onde os homens e mulheres não são importantes", pontuou.
Prensa Latina