“Nossa vingança será a vitória”, diz Lula em Recife
Em ato político realizado em Recife (PE), na noite desta sexta-feira (13), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou as agressões sofridas pela presidenta Dilma Rousseff durante a abertura da Copa do Mundo de 2014, em São Paulo. “Nossa vingança será a vitória”, afirmou Lula.
Publicado 14/06/2014 05:12
A presidenta voltou a comentar o episódio que classificou como “lamentável”. “Não está à altura do Brasil e nem do povo brasileiro”, afirmou.
Mais cedo, durante inauguração do BRT, no DF, Dilma afirmou que não será atemorizada por agressões verbais.
Em Pernambuco, Dilma também falou sobre o governo. Para ela, o maior acerto do seu governoe do de Lula foi assumir o compromisso com a inclusão social e a redução das desigualdades. “Melhoramos a renda de todas as camadas sociais e, mais ainda, a dos pobres”, disse a presidenta.
O encontro, um dos mais importantes que antecedem as eleições de outubro, contou ainda com a presença do senador e pré-candidato ao governo do estado, Armando Monteiro (PTB), e do deputado João Paulo (PT), pré-candidato ao Senado.
Dilma também questionou o comportamento de seus adversários e a “mudança” que propõe a oposição, caso seja eleita. “Eles estão dizendo uma coisa estarrecedora: vão fazer a mesma coisa que nos fizemos”, afirmou Dilma.
“É estranhíssimo, porque eles combateram tudo o que fizemos”, disse a presidente. Para ela, quem fala isso subestima a inteligência do povo brasileiro.
Durante a reunião, Lula afirmou que algumas pessoas pertencentes à elite brasileira estão incomodadas com os avanços vividos pelo País nos últimos 11 anos. “Mesmo que em minorias, algumas pessoas nasceram com complexo de vira-latas, de pessoa de segunda categoria”, disse.
De acordo com o ex-presidente, essa insatisfação está ligada ao preconceito contra a camada pobre da população.
A presidenta Dilma destacou as principais obras realizadas pelo governo federal em Pernambuco, tais como a transposição do Rio São Francisco, o Canal do Agreste, além dos investimentos na área de infraestrutura e programas sociais. “Aqui nós estamos oferecendo desenvolvimento, emprego, oportunidade e rede de proteção social. A palavra chave é superação, concluiu.
Lula, por seu turno, comentou que tratou bem o ex-governador de Pernambuco, como tratou Jarbas Vasconcelos (PMDB), “que foi maltratado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que também não tratou bem o avô dele, Miguel Arraes”, declarou Lula, evitando criticas mais duras ao conterrâneo, que foi chamado de “traidor” pela militância presente no ato, que contou com a presença de cerca de 3 mil pessoas.
Campos: “Dilma colheu o que plantou”
O ex-governador de Pernambuco e presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, fez mais críticas à presidente Dilma Rousseff (PT), ao afirmar durante uma entrevista no Paraná que a mandatária “colheu o que plantou” ao ser vaiada e xingada no estádio do Corinthians, durante a abertura da Copa do Mundo. Apesar de não concordar com o ato, o candidato da coalizão PSB-Rede-PPS atribuiu o episódio ao “mau humor da população”. Ainda no tom crítico, Campos também fez novos disparos contra Dilma, desta vez em uma entrevista a uma rádio da Paraíba, onde afirmou que 39 ministérios são “desnecessários” e que o PT tem um “domínio partidário” na distribuição dos cargos ministeriais.
“A gente sabe, há na sociedade um mau humor, uma insatisfação que se revela nesse momento”, declarou Campos, durante uma entrevista para a Rádio CBN, no Paraná, nesta sexta-feira (13). “Talvez a forma de expressar esse mau humor não tenha sido a melhor nesse momento, mas o fato é que vale o ditado: na vida a gente colhe o que a gente planta”, alfinetou.
Com agências