Documento final do G77 prevê rejeição à subversão dos EUA contra Cuba
O esboço do documento final da Cúpula do G77 + China, que acontece na Bolívia no próximo fim de semana, inclui a rejeição ao programa subversivo estadunidense ZunZuneo contra Cuba. Segundo um comunicado da Missão Permanente de Cuba na ONU, o texto – que deve ser aprovado pelos presidentes entre os dias 14 e 15, em Santa Cruz de la Sierra – também rejeita, de maneira categórica, as sanções de países do Norte contra os do Sul em temas como o terrorismo e o tráfico de pessoas e de drogas.
Publicado 13/06/2014 10:34
Em abril deste ano, o Departamento de Estado norte-americano publicou uma relação de países aos quais acusou de promover o terrorismo internacional, na qual incluiu Cuba, Irã, Síria e Sudão. A lista, desenvolvida de maneira unilateral foi amplamente rechaçada, principalmente entre os países latino-americanos.
Com relação a Cuba, alguns analistas afirmam que a inclusão do país liderado por Raúl Castro em tal lista é uma tentativa da Casa Branca de justificar o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto à ilha caribenha há mais de meio século.
O projeto de texto do G77, negociado na Organização das Nações Unidas (ONU) pelo bloco, expressa também seu desacordo com o uso das tecnologias da informação e da comunicação em ações que violam o Direito Internacional.
Desta forma, o documento reconhece que o programa ZunZuneo, auspiciado pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) contra Cuba, representa uma utilização ilegal dessas tecnologias.
A rede social ativa até 2012 se muniu com milhões de dólares dos contribuintes norte-americanos para provocar a desestabilização através de um serviço de mensagens de texto para celulares.
O esboço do acordo final contém ainda propostas e roteiros de ação que guiarão o trabalho do G77 + China nos próximos anos, em temas de significativa importância como a mudança climática, a migração, a agricultura, a saúde, a educação, os objetivos do milênio e a agenda pós-2015 para o desenvolvimento sustentável.
Da redação do Portal Vermelho,
Com informações da Prensa Latina