Declarações de líder do PSB expõem racha na aliança com Marina
O presidente do diretório paulista do PSB, da chapa Eduardo Campos-Marina Silva, deputado Márcio França, deixou clara a divisão da legenda e culpou a Rede da ex-senadora acriana pela falta de acordo: “Eles preferiram trabalhar como se fossem um outro partido. Assim que registrarem o partido deles, vão embora. E a gente vai continuar no PSB”.
Publicado 09/06/2014 07:18
O dirigente paulista do PSB disse ainda que “onde tiver intersecção, vamos juntos”. Ele impôs derrota aos marineiros no maior colégio eleitoral ao insistir em aliança do presidenciável Eduardo Campos com o governador tucano, o neoliberal e conservador Geraldo Alckmin. Sob controle dos tucanos há duas décadas, o governo de São Paulo é uma trincheira das forças reacionárias contra as forças progressistas no país.
França é um dos principais articuladores da aliança do PSB com o PSDB em São Paulo e ferrenho opositor da candidatura de Dilma à reeleição. O racha com Marina fragiliza ainda mais a candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República. No episódio, França demonstrou seu alinhanmento absoluto com Alckmin e a projeção estratégica da sua relação com o PSDB. “A ingratidão (com Alckmin) é um ato forte e só teria condições de fazer um movimento contrário se tivesse grande oportunidade. Se Marina fosse candidata em São Paulo, estava resolvido”, disse. Ele insiste na importância de atrelar a imagem de Campos a Alckmin no estado: "Se Campos for para o segundo turno, quem faria o palanque dele no estado sem essa aliança?".
Outra liderança de projeção nacional do PSB que foi a público nos últimos dias para explicitar a estratégia eleitoral do partido foi o deputado federal Beto Albuquerque (RS), para quem Campos é “o único em condições de bater Dilma”.
Com Brasil 247 e agências