Equador ameaça não participar da Cúpula das Américas em prol de Cuba

Em uma entrevista, o presidente equatoriano, Rafael Correa, disse que, se Cuba não estiver na Cúpula das Américas, programada para 2015, no Panamá, seu país não participará do evento. Da mesma forma, o chanceler argentino, Héctor Tinmerman, assegurou nesta quarta-feira (4) que o governo de seu país apoia a presença de Cuba no encontro, em consonância com o que disseram outros representantes latino-americanos sobre o tema.

Correa: CIDH persegue governos progressistas da América Latina - AP

Em sua intervenção ante o plenário da 44ª Assembleia da Organização de Estados Americanos (OEA) que se acontece em Assunção, no Paraguai, Tinmerman defendeu que "a irmã República de Cuba" seja convidada ao mencionado evento, a ser realizado no Panamá no próximo ano.

“Para que essa reunião tenha sucesso deve estar ali Cuba, esse é o critério também da presidenta Cristina Kirchner”, afirmou o ministro de Relações Exteriores argentino, que concluiu que “a participação cubana será expressão também da vocação de integração existente atualmente na América Latina”.

Previamente, Denis Moncada, chefe da delegação nicaraguense, considerou impossível a celebração da Cúpula sem a presença de Cuba, excluída das anteriores por pressão dos Estados Unidos.

Rafael Correa, que falou aos jornalistas no Palácio de Carondelet, a sede do governo equatoriano, afirmou: “Decidi, enquanto presidente da República do Equador, que não vou participar de qualquer Cúpula das Américas”, ao confirmar sua solidariedade com Cuba. Ele também propôs a remoção da sede da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e da sede da OEA de Washington (capital dos EUA).

Em declarações à Prensa Latina, o chefe de Estado reafirmou a sua vontade de continuar a fortalecer os laços de cooperação com a ilha caribenha, e agradeceu a todos que este país tem feito para ajudar a Revolução Cidadã.

“Em Cuba, temos uma relação fraterna, a partir daí, temos ajudado muito, historicamente, e com grande alegria que podemos dizer algo que está dando a volta, agora trabalha na cidade de Santiago de Cuba, que foi destruída após o furacão Sandy ( em 2012) “, disse ele.
Correa observou que Cuba tem coisas que o Equador não tem, e um deles é a grande quantidade de talento humano formado durante décadas de revolução, como médicos especialistas.

Da redação do Portal Vermelho,
Com informações da Prensa Latina