Coneg da UNE aprova resoluções importantes para o próximo periodo
Reunidos na “cidade dos mil povos”, 500 lideranças estudantis de todo país aprofundaram ainda mais o debate sobre as políticas e estratégias de ação que irão orientar a luta do movimento estudantil brasileiro no próximo período.
Publicado 03/06/2014 12:01
Durante os dias 31 e 01 de junho, o 62º Conselho Nacional de Entidades Gerais (Coneg) realizou mais de 15 grupos de debates e um ato político em homenagem à líder estudantil, vice-presidenta da UNE em 1968, Helenira Rezende, que serviram de base para a elaboração de resoluções, votadas pelos delegados na plenária final.
Um regimento da carteira nacional dos estudantes, além do regimento sobre conjuntura, as moções propostas pelos presentes e a plataforma de reivindicações para eleições 2014 foram aprovados, entoando um grande Coneg rumo ao próximo período. Também foi posto em debate o ato para Brasília para aprovar um PNE que esteja dentro dos anseios dos jovens estudantes, com 10% de investimento direcionado para a educação pública.
Ainda na plenária final, com a presença de Ricardo Gomes, presidente da Organização Latino Americano e Caribenho de Estudantes (Oclae), foi lançado o 17º Congresso da entidade em Nicarágua, que acontecerá de 17 a 23 de agosto. Acompanhe o site da UNE para mais informações sobre o encontro internacional das juventudes envolvendo mais de 23 países.
Carteira Nacional dos Estudantes
Foi aprovado um regimento da carteira nacional dos estudantes durante o 62º CONEG. Segundo o tesoureiro da UNE, Bruno Correa, “o documento aprimora o debate e sugere que ele seja revisto anualmente para renovar a avaliação e implementar mudanças necessárias”.
O texto ainda dispõe sobre a distribuição, a publicidade, os custos, o repasse e demais questões relacionadas à CIE. Baixe aqui o texto completo aprovado pelos estudantes.
Conjuntura
Também foi aprovada a proposta de número três da resolução sobre conjuntura do movimento estudantil. O documento projeta a vitória dos 10% do PIB para educação, apresenta a luta por uma reforma estrutural democrática e faz a análise das batalhas a serem enfrentadas no próximo período.
“Não aceitamos o retrocesso! Acreditamos que a unidade dos movimentos sociais progressistas é fundamental para avançarmos ainda mais, concretizando as Reformas Estruturantes que o Brasil precisa para consolidar a sua plena democracia”, diz trecho do documento. Baixe aqui o texto completo aprovado pelos estudantes.
Eleições 2014: UNE pelo Brasil
No próximo dia 5 de outubro, brasileiros elegerão os seus novos representantes. A UNE entende que é através do debate qualificado e democrático que se dá a oportunidade de elevar o nível de consciência política da sociedade.
Por isso, entendendo a importância desse momento para construção de um país mais democrático, a entidade aprovou na reunião sua plataforma política com temas e propostas que considera fundamentais nessas eleições. As propostas estão separadas entre os temas de desenvolvimento nacional; reforma política; marco regulatório dos meios de comunicação; reforma universitária; segurança pública; cidades mais humanas; saúde pública; e política externa. Baixe aqui o texto completo aprovado pelos estudantes.
Moções
Foram aprovadas oito moções: pela realização do 1° Encontro dos Estudantes de Bacharelado Interdisciplinar; contra a criminalização dos movimentos sociais; pela revisão da Lei da Anistia; em homenagem ao Brizola pela ocasião de 10 anos de morte; a favor das universidades estaduais paulistas; em repúdio a homofobia no Brasil; pelo incentivo a paridade na UNE e nas universidades; de apoio aos estudantes da Unioeste. Clique em cada uma e saiba mais.
Todos em Brasília
A UNE aprovou ainda uma Carta de Convocação dos estudantes à Brasília para esta segunda-feira (2), dia marcado para a finalização da aprovação do Plano Nacional de Educação na Câmara dos Deputados. Há ainda dois destaques na redação do texto do Plano a serem aprovados pelo Congresso, que são fundamentais para o sucesso do PNE e a UNE quer manter a vigilância. O principal é o que se refere à estratégia de investimento de 10% do PIB pra Educação pública. O texto atual do PNE permite contabilizar os recursos das parcerias público-privadas, como o convênio com Creches privadas, Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), ProUni (Programa Universidade para Todos) e Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), Ciências Sem Fronteiras como investimento público em educação. A UNE é contra a distribuição do investimento nestes programas “que, além de serem geridos por leis próprias, não fazem parte do orçamento global do Ministério da Educação”, diz trecho da carta
Fonte: UNE