Congresso comemora Ano Internacional da Agricultura Familiar
Para comemorar o Ano Internacional da Agricultura Familiar – 2014 – instituído pela ONU em reconhecimento à contribuição da agricultura familiar para a segurança alimentar e para a erradicação da pobreza no mundo, o Congresso Nacional realiza sessão solene, nesta terça-feira (3).
Publicado 02/06/2014 16:36
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário, há mais de quatro milhões de estabelecimentos familiares rurais no Brasil, responsáveis por 33% do Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário e mais de 74% da mão de obra empregada no campo.
Em apenas dez anos, a renda do setor cresceu 52% a partir de políticas públicas que fortalecem a produção e o desenvolvimento. Só no ano passado, o crédito disponibilizado para a agricultura familiar atingiu R$18,6 bilhões e, também, em 2013 houve recorde histórico no volume de contratação de crédito no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), entre 1992 e 2013, o número de brasileiros que passa fome caiu de 22,8 milhões para 13,6 milhões, ou seja, uma queda de 40%. Os dados mostram uma redução de 54,3% no número de brasileiros subnutridos nos últimos anos, de 15% para 6,9% da população.
Além de contribuir com a segurança alimentar, a agricultura familiar é apontada como responsável por alimentação saudável, proteção da agrobiodiversidade e preservação do regionalismo, mas ainda é desconhecida de parte da população mundial. Para mudar essa realidade e colocar a produção dessas famílias em maior evidência, a Organização das Nações Unidas (ONU), na Assembleia Geral, em dezembro de 2011, instituiu o Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF) 2014.
O objetivo da entidade, com o ano comemorativo, é reposicionar a agricultura familiar no centro das políticas agrícolas, ambientais e sociais nas agendas nacionais. Além disso, a ONU quer aumentar a visibilidade do papel do segmento na erradicação da fome e pobreza, na provisão de segurança alimentar e nutricional, na melhora dos meios de subsistência, na gestão dos recursos naturais, na proteção do meio ambiente e no desenvolvimento sustentável, particularmente nas áreas rurais.
Modelo brasileiro
A agricultura familiar é responsável pela maioria dos produtos que chegam à mesa da população. Para o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), José Graziano da Silva, o País é modelo a ser seguido na valorização do segmento.
“Hoje, o Brasil é referência no combate à fome e não se priva de divulgar suas estratégias para outros países. Diversos países estão mudando suas leis de compras públicas para se enquadrarem nas mesmas estratégias de políticas públicas adotadas no País”, assinala José Graziano.
A agricultura familiar inclui todas as atividades agrícolas de base familiar e está ligada a diversas áreas do desenvolvimento rural. O setor consiste em um meio de organização das produções agrícola, florestal, pesqueira, pastoril e aquícola que são gerenciadas e operadas por uma família e predominantemente dependente de mão-de-obra familiar, tanto de mulheres quanto de homens.
Da Redação em Brasília
Com agências