Parlamento Europeu: Comunistas portugueses instam o povo às eleições
Neste domingo (25) Portugal e Espanha realizam eleições para o Parlamento Europeu, que juntamente com o Conselho, aprova ou modifica as propostas legislativas da Comissão, o executivo da União Europeia (UE). O momento envolve questões como o debate sobre os poderes daquele que é um órgão eleito pelos europeus – diferentemente da Comissão – e a luta por alternativas em um longo período de crise e políticas de arrocho que têm afetado gravemente a vida da população.
Publicado 22/05/2014 13:21
Cada Estado membro aplica suas próprias leis eleitorais e decide o dia em que seus cidadãos vão às urnas, entre os dias do período eleitoral, 22 e 25 de maio. A Espanha elegerá 54 eurodeputados e Portugal, 21, em um total de 751, que representarão mais de 500 milhões de cidadãos dos 28 Estados membros da UE. Os resultados serão divulgados ainda na noite deste domingo.
Para o Partido Comunista Português (PCP), que vem instando os cidadãos à participação massiva nas eleições, “é tempo de intensificar esforços para esclarecer e mobilizar” para o voto na sua Coligação Democrática Unitária (CDU) com o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV).
De acordo com o jornal do PCP, Avante!, a luta é centrada na defesa da soberania nacional e do povo, convocando, para isso, a participação dos trabalhadores, dos aposentados, dos jovens, pequenos e médios empresários, agricultores e outras camadas populares para “condenar a política de saque” do atual governo de direita em Portugal e os ataques aos direitos sociais.
Os comunistas enfatizam a necessidade de combate à política de direita mantida há mais de três décadas no governo português e de defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e do país, para combater todas as decisões que prejudiquem Portugal e aproveitar as oportunidades benéficas. “É o voto que pesa verdadeiramente para dar força a uma alternativa política, patriótica e de esquerda”, afirma o Avante!, em sua edição da quinta-feira (22).
O PCP também coloca como prioridade as questões relativas ao desenvolvimento, a justiça social e à soberania nacional, criticando a verticalidade e o domínio dos “grandes” na UE. “Nunca terá sido tão claro o quanto as decisões assumidas nas instituições da União Europeia influenciam e determinam o rumo da política nacional (ou seja, o dia-a-dia de todos e cada um dos cidadãos portugueses),” afirma o Avante!
“Não por uma fatalidade qualquer, mas pela natureza concreta do processo de integração da UE – neoliberal, federalista e militarista – aceite com entusiasmo pelos mesmos três partidos que há 37 anos vão se alternando no governo, que são precisamente os mesmos que têm elegido mais deputados para o Parlamento Europeu,” continua, em referência ao Partido Socialista (PS), o Centro Democrático e Social – Partido Popular (CDS-PP) e o Partido Social Democrata (PSD), os dois últimos compondo a Aliança Portugal, preocupada com a imagem do país para os credores internacionais e os mercados.
A CDU pontua a atividade parlamentar de deus dois deputados, nos últimos cinco anos, com os temas da solidariedade e cooperação, da defesa do direito ao desenvolvimento econômico, do emprego, o progresso e a justiça social, a promoção da cultura e língua portuguesas, a defesa do ambiente e salvaguarda dos recursos naturais, a paz, amizade e solidariedade com todos os povos do mundo.
“Estes vectores não só confluem na proposta de uma política patriótica e de esquerda, protagonizada pelo PCP e seus aliados, como a construção desta alternativa é essencial para promover as rupturas com o processo de integração capitalista europeu necessárias à construção de um país mais desenvolvido, justo e soberano,” conclui o Avante!
Da Redação do Vermelho,
Com informações do Avante!