Fafá Viana: De Verde e Amarelo pelo Brasil
A realização dos mundiais de esporte como olimpíadas, copa do mundo e outros eventos de magnitude semelhante movimentam volume extraordinário de riquezas, seja pela movimentação de pessoas e serviços, seja pelo investimento em infraestrutura específica.
Publicado 19/05/2014 13:12 | Editado 04/03/2020 17:06
O Brasil se candidatou a sediar esses eventos em vários governos, mas foi vitorioso apenas em alguns. As principais vitórias dessas candidaturas foram: na copa mundial de futebol de 1950, nos jogos pan-americanos de 1963 e de 2007 (i) , na copa mundial de futebol de 2014 e nas olimpíadas de 2016.
Quando foi anunciada a escolha do Brasil como sede da copa mundial de futebol de 2014 e das olimpíadas de 2016 o país comemorou, uns movidos pela paixão aos esportes, outros pela compreensão da magnitude dos investimentos necessários e sua repercussão positiva na economia nacional. Enfim, nosso país será sede dos dois maiores eventos esportivos do mundo, condição condizente com o gigante verde amarelo da América Latina.
Concluída parte das obras previstas e na proximidade da realização do mundial de futebol e das eleições gerais de 2014, as forças conservadoras e de oposição ao governa nacional associam-se numa campanha contrária a realização do evento.
Na verdade, essas forças temem o bom desempenho do país e a repercussão econômica positiva do evento. A campanha contra a copa, disseminada na forma de pessimismo quanto ao futuro, tem como objetivo abafar a emoção nacional que, naturalmente, explodirá durante o evento e abalar a confiança da nação em relação ao governo da Presidenta Dilma.
A verdade é que muitos governos, inclusive os do Brasil, disputam sediar tais eventos, pois parte das obras da copa e das olimpíadas estão relacionadas a infraestrutura das cidades sede e como tais geram emprego, movimentam a indústria de máquinas, com repercussão na elevação da renda do trabalho e na geração de emprego formal.
Não por outros motivos, o índice de desemprego atual é o menor da história da República e o índice de crescimento econômico nacional, embora inferior ao previsto, é superior aos índices atuais de crescimento econômico da Europa e dos EUA.
Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas “o efeito multiplicador gerado no país será quintuplicado em relação aos investimentos realizados diretamente na Copa (pelo Estado e pela iniciativa privada), ou seja, a expectativa é que a economia nacional produzirá 142 bilhões de reais adicionais até o final do evento (julho de 2014)”. (ii) Tal volume de riqueza não pode ser desconsiderado.
Obviamente que os problemas decorrentes da ausência do Estado no oferecimento de serviços e infraestrutura até 2002 não foram plenamente resolvidos em onze anos. Também é verdade que grande parte da economia gerada será dirigida pelos interesses do capital, pois o Brasil continua sendo um país de economia capitalista.
Nesse sentido, as manifestações populares reivindicando mais ação do Estado nacional para atender a demanda social de quem foi incluído ao consumo e aos serviços devem ser saudadas, vistas como impulsionadoras do desenvolvimento nacional. Mas não podem ser aprisionadas pelos interesses das forças políticas que querem exatamente o contrário.
Por isso devemos – todos nós brasileiros defensores do Brasil mais justo -, nos organizarmos em cada casa, rua, trabalho e escola para torcer apaixonadamente pela seleção verde e amarela. E, após a copa mundial de futebol, com a mesma paixão e empenho levantar a bandeira do Brasil e lutar pela continuidade das mudanças e pelo socialismo.
(i) Brasil nos jogos. http://rederecord.r7.com/pan-guadalajara-2011/brasil-nos-jogos/?s_cid=conheca-o-historico-do-brasil-nos-jogos-pan-americanos-rede-record_pan-guadalajara-2011_brasil-nos-jogos_twitter. Acesso em 13/05/2014.
(ii) Na contramão do discurso: em defesa da Copa no Brasil. http://transportesedesenvolvimento.wordpress.com/2014/05/13/na-contramao-do-discurso-em-defesa-da-copa-no-brasil. Acesso em 14/05/2014.