Quatro histórias de vida que mudaram com o Pronatec
O setor turístico está investindo na formação técnica dos profissionais ligados ao setor. Os resultados dessa iniciativa já podem ser notados na qualidade dos serviços de hotéis, restaurantes e demais segmentos do turismo em todo o país – mas especialmente nas condições de trabalho, no salário e na vida de milhares de trabalhadores que concluíram os cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
Publicado 16/05/2014 15:02
Alguns trabalhadores já estão formados e trabalhando, como a recepcionista Jéssica Alves, preparada para atender os turistas na Copa; a camareira Adelina Alves, contratada por uma grande rede de hotel; a guarda civil metropolitana, Carla Lopes, apta para dar instruções em espanhol e o turismólogo e bailarino Itharlan Américo, ansioso à espera dos visitantes da Copa.
Uma grande parte dos trabalhadores ainda está em curso em mais de 120 cidades do país, incluindo todas as cidades-sede. O Pronatec Turismo superou recentemente a meta de 157 mil inscritos até a Copa do Mundo. Hoje são 166 mil matriculados em 54 cursos.
Um dos cursos mais requisitados é o de recepcionista em meios de hospedagem, devido ao aumento da demanda por hotéis para o Mundial. Esta foi a escolha da ex-atendente de telemarketing Jéssica Farias Alves, de 31 anos, que agora recepciona turistas em uma pousada de Salvador (BA).
Ela aprendeu a explicar os procedimentos por telefone e e-mail e acolher os visitantes presencialmente. No novo trabalho teve a carteira assinada e duplicou seus ganhos. “Eu me sinto preparada para atender os turistas e não me intimido com os estrangeiros”, diz Jéssica, que também aprendeu inglês durante o curso. Segundo ela, o novo trabalho valoriza seu potencial.
Até mesmo aqueles que já têm curso superior estão procurando o Pronatec. O bacharel em turismo e bailarino Itharlan Américo, de 27 anos, resolveu se dedicar a um curso de agente de informações turísticas em Recife. O curso reuniu profissionais de diversas áreas e ensinou, segundo ele, a importância da integração da cadeia produtiva.
Segundo ele, a Copa será uma excelente oportunidade para mostrar ao mundo a capacidade do país em receber bem seus visitantes. “Quando a Copa acabar, eu vou estar qualificado para desenvolver ainda mais o turismo na minha cidade”, garante.
A camareira Adelina Alves Ferreira, de 42 anos, mãe de dois filhos, descobriu nos cursos do Pronatec uma nova profissão. Ela trabalhou anos como empregada doméstica – e estava desempregada. Assim que concluiu o curso de camareira, Adelina foi contratada por um hotel em Brasília e teve a carteira assinada. “Hoje minha renda é superior à que ganhava quando trabalhava de empregada doméstica”, diz.
Aqueles que já estão trabalhando também precisam de qualificação. A guarda civil metropolitana Carla Lopes trabalha em uma das bases de maior circulação de turistas de São Paulo: a Avenida Paulista.
Com o objetivo de dar assistência também aos visitantes estrangeiros que circulam diariamente pelo local, a policial estudou espanhol por meio do Pronatec Turismo, um programa de qualificação do Ministério do Turismo, em parceria com o Ministério da Educação. Hoje Carla se diz mais preparada para orientar visitantes, em português e espanhol.
Da Redação em Brasília
Com informações do MTur