Manifestações contra a Copa mostram minorias violentas
Esta quinta-feira (15) foi marcada por manifestações em todas as cidades-sede da Copa do Mundo. Na maioria dos casos quem saiu às ruas para gritar “não vai ter copa” tentou pegar carona em passeatas sindicais e os trabalhadores se recusaram a compactuar com os oportunistas. Apesar do apelo na internet, a bandeira contra o Mundial não teve a adesão esperada. Brasília não reuniu mais de 100 manifestantes e em Recife cerca de 300 promoveram o caos com arrastões e incêndios.
Publicado 16/05/2014 09:20
Na capital paulista, por exemplo, os professores já estão mobilizados desde o dia 23 de abril, eles exigem, entre outas pautas, aumento do piso salarial e melhores condições de trabalho. Os manifestantes do 15M – Dia Internacional de Lutas Contra a Copa tentaram aproveitar a mobilização. Isso aconteceu também em outras cidades onde diversas categorias já estão em luta há tempos por direitos trabalhistas.
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No Rio de Janeiro havia manifestação de professores e dos rodoviários, estes fizeram questão de deixar claro suas pautas, muito longe de estarem relacionadas à Copa do Mundo. Os manifestantes do “não vai ter Copa” não somavam mais de 600.
Recife foi, de longe, o caso mais grave. Enquanto a Polícia Militar e os bombeiros faziam greve, os manifestantes contra a Copa aproveitaram para promover o clima de caos na capital pernambucana. A cidade foi saqueada e incendiada por pequenos grupos. Aulas em escolas e universidades foram suspensas devido ao clima de insegurança.
No interior houve arrastões, lojas foram assaltadas, coletivos depredados, ônibus incendiados. Cerca de 300 pessoas participaram destas ações criminosas. Um grupo de pessoas fez uma espécie de “pedágio” na BR-101 e dezenas de motoristas foram assaltados.
Em Brasília, os cerca de 100 integrantes do Comitê Popular da Copa saíram da Rodoviária do Plano Piloto, no centro, em direção ao Estádio Nacional Mané Garrincha. Neste caso os atos foram pacíficos.
Em Belo Horizonte, o protesto contra a Copa reuniu cerca de mil pessoas. Além e criticar a realização do Mundial eles pediam transporte público de qualidade e desmilitarização da PM. Já em Salvador, a forte chuva espantou quem pretendia protestar.
Da redação do Vermelho,
Mariana Serafini, com informações do Brasil 247