Juventude Sem Terra reivindica o fim da homofobia
“Sou gay e sou Sem Terra”, afirmou Joelbson Neves, assentado em Lagoa Bonita no Sul da Bahia, durante ação a favor da diversidade sexual e contra a violência, realizada na marcha que percorreu de Camaçari à Salvador, entre os dias 5 e 8 deste mês.
Publicado 14/05/2014 15:47
Meninos vestidos de meninas e meninas vestidas de meninos trouxeram uma reflexão sobre os diversos tipos de violência cometidas pelo machismo na sociedade, dentre elas as agressões a mulher e aos gays, lésbicas, travestis e transexuais (LGBT).
“A homofobia existe no campo e na cidade. Somos a favor da diversidade. Precisamos desmistificar o preconceito contra os homossexuais, e acredito que a juventude deve ser a protagonista desta luta”, enfatiza Luana Soares, do coletivo estadual de juventude do MST da Bahia.
Daniele Santos, lésbica e acampada, declara que o local onde mais sofre homofobia é dentro de casa e acredita que este debate precisa ser abraçado por todos os trabalhadores.
“Precisamos conquistar espaços para se debater a diversidade sexual na sociedade como um todo e descaracterizar a ideia machista de que homossexuais são promíscuos”, afirmou.
Joelbson acredita que o MST precisa avançar neste debate. “Muito está sendo feito, mas ainda é pouco, e nós jovens vamos sempre levantar esta bandeira nos espaços de estudo e lutas diárias”.
Discussões
O debate em torno da diversidade sexual e combate à homofobia já se tornou uma bandeira de luta levantada por diversos movimentos sociais no estado da Bahia e os LGBT’s estão a frente de discussões junto à sociedade como um todo.
Exemplo disto é a participação constante da comunidade nos conselhos estaduais de juventude e direitos humanos. Dentro do MST, parcerias estão sendo criadas com grupos organizados na Universidade Federal da Bahia (UFBA), como o Kiu, para construir espaços de debate referentes ao tema junto com o setor de gênero, juventude e comunicação.
Fonte: MST